2009-09-07 08:06:00
Documento da Organização Mundial de Saúde (OMS) com recomendações aos países sobre o uso de antivirais no tratamento de pacientes infectados com o novo vírus A(H1N1) reforça o protocolo que o Brasil já vem adotando desde julho. Entre as recomendações está a de que “pacientes saudáveis sem doenças complicadoras (comorbidades) não precisam ser tratados com antivirais”. Veja, abaixo, a tradução da nota da OMS.
Recomendação ao uso de antivirais
Genebra, 21 de agosto – A Organização Mundial de Saúde (OMS) está nesta data emitindo orientações para o uso de antivirais no tratamento de pacientes infectados com o vírus pandêmico H1N1.
As orientações representam o consenso atingido por meio de um painel internacional de especialistas que se basearam em todos os estudos disponíveis sobre a segurança e eficácia dessas drogas. Foi dada ênfase ao uso do Oseltamivir e do Zanamivir para prevenir os casos graves da doença e as mortes, reduzindo a necessidade de hospitalização e internações.
O vírus pandêmico é atualmente suscetível a ambas as drogas (conhecidas como inibidores da neuraminidase), mas resistentes a uma segunda classe de antivirais (os inibidores de M2). Em todo o mundo, a maioria dos pacientes infectados com o vírus pandêmico continua a apresentar sintomas típicos da gripe comum e em sua maioria se recuperam em uma semana, mesmo sem qualquer forma de tratamento médico.
Pacientes saudáveis sem doenças complicadoras (comorbidades) não precisam ser tratados com antivirais. Em termos individuais, decisões sobre iniciar tratamentos precisam ser baseadas em avaliações clínicas e conhecimento sobre a presença do vírus na comunidade.
Em áreas onde o vírus está circulando amplamente na comunidade, os médicos, no atendimento de pacientes com sintomas de gripe, devem assumir que a causa é o vírus pandêmico. Decisões sobre tratamento não devem esperar por confirmações laboratoriais de infecção do H1N1. Essa recomendação é baseada em relatórios, de várias fontes, que o vírus H1N1 rapidamente se torna uma forma dominante.