2009-06-30 15:39:00
Apesar de o número de homens infectados ser maior, o aumento de mulheres com a enfermidade tem preocupado os pesquisadores. "
O perfil da doença é o mesmo, mas o machismo e o contexto social são grandes fatores de proliferação da doença", explicou Simone.
De acordo com ela, as mulheres ainda sofrem com o machismo. "Muitos homens não querem usar o preservativo e a camisinha feminina chega a custar R$16".
São, aproximadamente, oito mil homens e quatro mil mulheres infectados no Estado. Em 1983 a média era que para cada dez homens infectados, uma mulher contraísse a doença. Hoje, este número está equivalente. São mais de 173 mil mulheres com a doença no Brasil. "
A tendência é a interiorização, heterossexualização e pauperização da epidemia", afirmou o coordenador do Programa Estadual de DST/Aids, François Figueiroa.
De acordo com ele, a doença reflete a partir dos determinantes sociais. "Não é apenas saúde, setores como os de entidades sociais e educação precisam estar engajados", afirmou.
Preconceito
A feminização da aids é um assunto que ainda deve ser muito discutido por entidades e pesquisadores. O Ministério da Saúde notifica que 72% das mulheres que têm idade superior a 50 anos não usam preservativo durante a relação sexual. "É algo que a sociedade ainda precisa se acostumar. Mulheres mais velhas também transam", afirmou Simone Ferreira.
Segundo o coordenador do Programa Estadual de DST/Aids, François Figueiroa, a situação reflete também a heterossexualização da doença. "Até profissionais de saúde tendem a não falar de prevenção para esse tipo de situação".
Em Pernambuco, existem 23 Centros Municipais de Orientação e Aconselhamento em Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e Aids.
Para isso, o Governo do Estado, através da Secretaria de Saúde possuem o Disque-Saúde – 0800-611997. Pelo telefone, é possível descobrir qual o centro mais próximo.
Folha de Pernambuco