2017-01-06 23:02:00
A meta do Ministério da Saúde para a vacinação contra HPV em meninos de 12 e 13 anos é imunizar 49,5 mil adolescentes em Mato Grosso do Sul. A proteção já está disponível nos postos de saúde públicos do Estado. Este será o primeiro ano que haverá imunização para meninos.
No Brasil, a expectativa é que 3,6 milhões de jovens recebam a dose neste ano. Essa medida tem o objetivo de reduzir a propagação do vírus.
O Estado tem 46,9 mil meninos adolescentes na faixa etária de 12 a 13 anos. Há ainda no grupo para receber a vacina, 2,6 mil jovens que vivem com HIV/aids.
O país tornou-se o primeiro na América do Sul a adotar esse tipo de proteção em programas nacionais e vai ser o sétimo do mundo, divulgou o Ministério da Saúde. Há a programação de ampliar a faixa etária para 9 a 13 anos até 2020, de forma gradativa.
"Foram adquiridas seis milhões de doses, ao custo de R$ 288,4 milhões. Não haverá custos extras para a pasta, já que no ano passado, com a redução de três para duas doses no esquema vacinal das meninas, o quantitativo previsto foi mantido, possibilitando a vacinação dos meninos", divulgou nota do governo federal.
A programação de vacinas também incluiu meninas que chegaram aos 14 anos sem tomar a proteção ou que não completaram as duas doses indicadas. Estudos indicaram que há 500 mil adolescentes nessa situação.
Em 2016, a faixa etária para o público feminino era de 9 a 13 anos e desde 2014 foram aplicadas vacinas em 5,7 milhões de meninas com a segunda dose.
“É muito importante que os pais tenham a consciência de que a vacinação começa na infância, mas deve continuada na adolescência. A proteção vai ser muito maior se nós ampliarmos, cada vez mais, o calendário de vacinação da nossa população”, ressaltou a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, Carla Domingues.
ESQUEMA PARA MENINOS
Os meninos também precisarão receber duas doses, com seis meses de intervalo entre elas. A faixa etária amplia-se para quem vive com HIV. Nesses casos, as idades vão de 9 a 26 anos e o esquema vacinal é de três doses (intervalo de zero, dois e seis meses). Quem é portador de HIV precisa de prescrição médica.
Estados Unidos, Austrália, Áustria, Israel, Porto Rico e Panamá realizam esse tipo de proteção para meninos.
O Ministério da Saúde informou que o Conselho Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS) aprova e garante a segurança dessa imunização.
PROTEÇÃO AMPLIADA
A nova faixa de vacinação pretende proteger jovens contra cânceres de pênis, garganta e ânus, doenças que estão diretamente relacionadas ao HPV.
Dados mundiais demonstram que os cânceres de boca e garganta são os 6º que fazem mais vítimas, com 400 mil casos ao ano e 230 mil mortes anuais. Já o câncer anal está relacionado ao HPV em 90% dos casos.
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A definição da faixa-etária para a vacinação visa proteger as crianças antes do início da vida sexual e, portanto, antes do contato com o vírus.
Os subtipos do vírus que são combatidos referem-se ao 6, 11, 16 e 18, com 98% de eficácia para os que seguem corretamente o esquema vacinal.