2007-07-26 12:25:37
Um grupo de produtores rurais está neste momento na Governadoria onde aguarda o governador, André Puccinelli (PMDB) para audiência em que pretendem sensibiliza-lo para mudanças na cota de exportação da soja. O presidente da Famasul (Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul), Ademar Silva Júnior, disse que o setor está buscando o diálogo antes de recorrer à Justiça contra a cota.
O governo aumentou em janeiro de 66% a 100% a equivalência de destinação de soja no mercado interno em relação ao que é exportado, como forma de se proteger contra as perdas da Lei Kandir. A Lei isenta o produto primário do ICMS nas operações de exportação. Com a equivalência as empresas exportadoras são obrigadas a destinar ao mercado interno, onde a operação é tributada, igual quantidade à que sai para outros Países.
Este é um dos pontos alegados pela gigante ADM para ter dado recentemente férias coletivas aos seus funcionários na unidade de Campo Grande.
Ademar afirma que se a empresa, que é a maior exportadora do Estado, sair de campo o produtor ficará em má situação, já que são poucos os grandes compradores do grão. Ele afirma que a cota tira competitividade de Mato Grosso do Sul com outros Estados. Como a exportação é feita via Paranaguá, no Paraná, afirma, o grão daqui precisa ser mais barato que o do Paraná, para a operação se tornar compensadora.
Além disso, Ademar afirma que o produtor somente agora começa se recuperar do baque causado por quebras de safra, queda do dólar e outros problemas que atingiram o campo nos últimos anos. Ele lembra que pesquisa recentemente divulgada pelo IBGE, que fala sobre a produção da safra passada, aponta que embora o volume de produção tenha aumentado a renda do produtor caiu.