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quinta-feira, 28 de março de 2024

Aqüicultura brasileira será pesquisada em setembro

2007-07-26 08:02:37

Começa a ser desenvolvida em setembro, em várias partes do País, uma ampla pesquisa que vai estudar, pela primeira vez, o melhoramento genético na aqüicultura brasileira. Orçado em R$ 8 milhões, o projeto envolve uma estrutura de pesquisa formada por oito unidades da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), vinculada ao Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e abastecimento), dez universidades federais, três estaduais, uma universidade norte-americana e outros importantes institutos de pesquisa.

A Embrapa aprovou a proposta no Macroprograma 1, instância em que se estudam os grandes desafios nacionais. A empresa vai liberar R$ 2,7 milhões para a pesquisa – R$ 2,5 milhões para custeio e R$ 200 mil para investimentos. Segundo a pesquisadora Emiko Kawakami de Resende, líder do projeto em rede, o restante dos recursos terá de ser captado nos próximos quatro anos.

Emiko disse que serão objetos de pesquisa as espécies camarão branco, a tilápia, o tambaqui e o pintado. O primeiro é cultivado na costa brasileira, principalmente no Nordeste. A tilápia, originária da África, é cultivada em todo o país, especialmente no Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste. O pintado é um peixe nativo do Pantanal e o tambaqui, da Amazônia. A escolha dessas espécies baseou-se na importância econômica nacional e regional das mesmas.

O desempenho da aqüicultura no país hoje é baseado em espécies exóticas com o uso de tecnologias importadas, como acontece com o camarão marinho e a tilápia. “A tilápia Gift (Genetically Improved Farming Tilapia) já foi melhorada na Tailândia e trazida ao Brasil pela Universidade Estadual de Maringá (PR), onde o pesquisador Ricardo Pereira vai continuar o melhoramento genético”, disse Emiko.

Serão obtidas linhagens melhoradas para crescimento e transferidas aos produtores, aumentando a viabilidade econômica da atividade. Um aspecto importante no melhoramento genético dos peixes é o ganho da ordem de 15% na taxa de crescimento por geração, o que propicia alcançar o dobro da taxa de crescimento em sete gerações, não encontrado em outros grupos de animais.

No caso do camarão branco (L. vannamei), a pesquisa vai focar a resistência a doenças, especialmente as linhagens mais resistentes ao vírus da mionecrose infecciosa. Para as espécies nativas (pintado e tambaqui), os pesquisadores vão implantar o primeiro plantel de reprodutores melhorados. “Essas linhagens superiores serão avaliadas sob as condições propostas nos distintos projetos componentes para a geração de técnicas e tecnologias biosseguras e com alto valor agregado”, explicou a pesquisadora da Embrapa Pantanal.

O projeto prevê ainda o conhecimento das exigências nutricionais das espécies escolhidas para que sejam obtidas rações de baixo custo e ambientalmente corretas; produzir animais mais sadios por meio do diagnóstico e prevenção de doenças; recomendar boas práticas de manejo para assegurar a qualidade do pescado cultivado e tecnologias para agregar valor ao produto, além de consolidar e treinar equipe técnica integrada para estudos em rede sobre aqüicultura no Brasil.

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