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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Escassez faz frigoríficos pagarem até R$ 60 pela arroba

2007-07-04 17:48:37

         Daniel Pedra


     A escassez na oferta de animais em decorrência do clima seco fez com que os frigoríficos de Mato Grosso do Sul já ofereçam até R$ 60,00 pelo preço da arroba do boi gordo rastreado. Esse valor é pago pelo Frigorífico Marfrig, localizado no município de Bataguassu, onde a arroba do boi rastreado no prazo de 30 dias custa R$ 60 e R$ 58,50 à vista, enquanto a da vaca vale R$ 51,60 à vista e R$ 53,00 a prazo.

     Desde o dia 24 de outubro do ano passado a arroba do boi gordo rastreado não chegava aos R$ 60,00 em Mato Grosso do Sul devido ao registro de febre aftosa no rebanho dos municípios de Eldorado, Japorã e Mundo Novo em outubro de 2005. No início da semana, as principais empresas frigoríficas instaladas em Mato Grosso do Sul já estavam pagando R$ 59,00 pela arroba do boi gordo rastreado, sendo que na segunda quinzena do mês passado a arroba já dava sinais de recuperação.

    Na avaliação do presidente da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Ademar da Silva Júnior, é um recuperação de preço que estava defasado há mais de 3 anos. “Tivemos o aumento do custo da pecuária e até do preço do bezerro, sendo que o produtor não tinha condições de entregar o animal a um preço ruim. Mas temos de creditar essa alta a uma falta de pastagem e a conseqüente diminuição da oferta de boi”, explica.

    Ademar Jr. prevê que o produtor rural pode esperar por melhores preços até o fim do ano, mas essa alta vai depender de outros fatores, como a demanda pela carne bovina no mercado interno e externo atrelada também à questão sanitária. “Estamos partindo para um momento de recuperação de preço”, finaliza.

   Para o presidente do MNP (Movimento Nacional dos Produtores), João Bosco Leal, o bom preço pode ser creditado à falta de oferta mesmo. “Está tudo seco e o gado confinado foi colocado recentemente no sistema, demorando uns 60 dias para atingir peso para abate. Com isso, teremos um vácuo muito grande na oferta do produto, pois o boi não está pronto no confinamento e o criado a pasto perdeu muito peso com a estiagem”, explica, completando que se trata da lei da oferta e da procura. 

  Ainda segundo João Bosco Leal, o pecuarista pode comemorar, pois o preço da arroba tem tudo para aumentar e fechar o ano custando R$ 66,00. “Eu tenho certeza disso e acredito que chegue aos R$ 66,00 até dezembro deste ano. Na Bolsa, ela já está sendo negociada a R$ 64,00 e tem muito contrato em aberto, até o fim do ano vai melhorar ainda mais”, prevê otimista.

  Já o presidente do SRCG (Sindicato Rural de Campo Grande), José Lemos Monteiro, credita o bom preço em decorrência da pouca oferta do boi. “Em julho de 2006, nós vendíamos o boi ao custo de R$ 45,00 a arroba e felizmente nós retornamos ao patamar de R$ 60,00 um ano depois, ou seja, bem antes do grosso da entressafra”, destaca.

  José Monteiro explica ainda que o valor de R$ 60,00 pela arroba do boi gordo rastreado representa o custo de produção e equivale dizer que o pecuarista está vendendo a picanha a R$ 4,00 o quilo. “Só falo que o boi está pouco ofertado devido ao excesso de animais sem condições de abate e, quando existe escassez, sempre há aumento de preço”, declara.

  O presidente do SRCG lembra que o produtor para obter sucesso tem de explorar o rebanho sem acabar com o rebanho, isto é, não se pode vender mais do que nasce. “Quando os frigoríficos pagavam R$ 45,00 pela arroba obrigaram o pecuarista a vender mais gado do que nascia no pasto. Os preços foram muito vis e isso está refletindo agora com a falta de boi”, analisa.

  O preço da arroba do boi gordo em Mato Grosso do Sul registra a maior valorização do País nos primeiros quatro meses deste ano, conforme os dados do Cepea/USP (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo) divulgados na semana retrasada. Conforme os dados, o preço da arroba do boi subiu 5,9% de janeiro a abril deste ano, seguido de Rondônia (5,18%), Mato Grosso (4,89%) e Goiás (4,27%). O custo operacional total do gado acumula alta de 4,37% nos primeiros quatro meses deste ano.
 
   Escassez de oferta faz frigoríficos de MS pagarem até R$ 60 pela arroba do boi   Daniel Pedra A escassez na oferta de animais em decorrência do clima seco fez com que os frigoríficos de Mato Grosso do Sul já ofereçam até R$ 60,00 pelo preço da arroba do boi gordo rastreado. Esse valor é pago pelo Frigorífico Marfrig, localizado no município de Bataguassu, onde a arroba do boi rastreado no prazo de 30 dias custa R$ 60 e R$ 58,50 à vista, enquanto a da vaca vale R$ 51,60 à vista e R$ 53,00 a prazo.

  Desde o dia 24 de outubro do ano passado a arroba do boi gordo rastreado não chegava aos R$ 60,00 em Mato Grosso do Sul devido ao registro de febre aftosa no rebanho dos municípios de Eldorado, Japorã e Mundo Novo em outubro de 2005. No início da semana, as principais empresas frigoríficas instaladas em Mato Grosso do Sul já estavam pagando R$ 59,00 pela arroba do boi gordo rastreado, sendo que na segunda quinzena do mês passado a arroba já dava sinais de recuperação.

  Na avaliação do presidente da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Ademar da Silva Júnior, é um recuperação de preço que estava defasado há mais de 3 anos. “Tivemos o aumento do custo da pecuária e até do preço do bezerro, sendo que o produtor não tinha condições de entregar o animal a um preço ruim. Mas temos de creditar essa alta a uma falta de pastagem e a conseqüente diminuição da oferta de boi”, explica.

  Ademar Jr. prevê que o produtor rural pode esperar por melhores preços até o fim do ano, mas essa alta vai depender de outros fatores, como a demanda pela carne bovina no mercado interno e externo atrelada também à questão sanitária. “Estamos partindo para um momento de recuperação de preço”, finaliza.   Para o presidente do MNP (Movimento Nacional dos Produtores), João Bosco Leal, o bom preço pode ser creditado à falta de oferta mesmo. “Está tudo seco e o gado confinado foi colocado recentemente no sistema, demorando uns 60 dias para atingir peso para abate. Com isso, teremos um vácuo muito grande na oferta do produto, pois o boi não está pronto no confinamento e o criado a pasto perdeu muito peso com a estiagem”, explica, completando que se trata da lei da oferta e da procura.

Ainda segundo João Bosco Leal, o pecuarista pode comemorar, pois o preço da arroba tem tudo para aumentar e fechar o ano custando R$ 66,00. “Eu tenho certeza disso e acredito que chegue aos R$ 66,00 até dezembro deste ano. Na Bolsa, ela já está sendo negociada a R$ 64,00 e tem muito contrato em aberto, até o fim do ano vai melhorar ainda mais”, prevê otimista. Já o presidente do SRCG (Sindicato Rural de Campo Grande), José Lemos Monteiro, credita o bom preço em decorrência da pouca oferta do boi. “Em julho de 2006, nós vendíamos o boi ao custo de R$ 45,00 a arroba e felizmente nós retornamos ao patamar de R$ 60,00 um ano depois, ou seja, bem antes do grosso da entressafra”, destaca.

José Monteiro explica ainda que o valor de R$ 60,00 pela arroba do boi gordo rastreado representa o custo de produção e equivale dizer que o pecuarista está vendendo a picanha a R$ 4,00 o quilo. “Só falo que o boi está pouco ofertado devido ao excesso de animais sem condições de abate e, quando existe escassez, sempre há aumento de preço”, declara. O presidente do SRCG lembra que o produtor para obter sucesso tem de explorar o rebanho sem acabar com o rebanho, isto é, não se pode vender mais do que nasce. “Quando os frigoríficos pagavam R$ 45,00 pela arroba obrigaram o pecuarista a vender mais gado do que nascia no pasto. Os preços foram muito vis e isso está refletindo agora com a falta de boi”, analisa.

     O preço da arroba do boi gordo em Mato Grosso do Sul registra a maior valorização do País nos primeiros quatro meses deste ano, conforme os dados do Cepea/USP (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo) divulgados na semana retrasada. Conforme os dados, o preço da arroba do boi subiu 5,9% de janeiro a abril deste ano, seguido de Rondônia (5,18%), Mato Grosso (4,89%) e Goiás (4,27%). O custo operacional total do gado acumula alta de 4,37% nos primeiros quatro meses deste ano.

 

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