2007-06-29 20:14:37
O valor de R$ 58 bilhões para o Plano Agrícola e Pecuário 2007/2008, anunciado ontem pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, é insuficiente, conforme o presidente do MNP (Movimento Nacional dos Produtores), João Bosco Leal.
Bosco ressalta que a categoria necessitava de pelo menos R$ 90 bilhões, mas o valor anunciado ficou bem aquém do necessário. Ele conta ainda que os insumos para a atividade rural subiram demais e que o valor liberado acaba sendo insuficiente para o produtor continuar na atividade com esses juros (6,75%) e acaba buscando juros comerciais, encarecendo os produtos e a produtividades e inviabilizando a competição com o mercado exterior.
O presidente da Famasul (Federação de Agricultura de Mato Grosso do Sul), Ademar da Silva Junior, disse também que o valor esperado não era esse e ainda destacou que o governo federal baixou mais o juro para o setor industrial que para o setor rural.
O Plano Agrícola e Pecuário 2007/2008 define recursos para custeio, investimento e comercialização da próxima safra, além das taxas de juros do crédito rural. O recurso é 16% maior que o disponibilizado na safra passada. O anúncio está sendo feito ontem pela manhã, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF).
Juros – A taxa anual de juros do crédito rural foi reduzida de 8,75% para 6,75% ao ano. Com isso, estima o governo, haverá uma redução de 22,9% sobre o custo de financiamento do produtor rural. Do total de recursos disponibilizados para esta safra, R$ 49,1 bilhões serão para custeio e comercialização e R$ 8,9 bilhões para programas de investimento. O total de recursos com taxa de juros controlada será de R$ 36,45 bilhões.
No caso dos programas de financiamento com recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e dos fundos constitucionais, o montante disponível foi elevado para R$ 8,9 bilhões ante R$ 8,6 bilhões da safra anterior.
