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quinta-feira, 28 de março de 2024

Pecuaristas tentam barrar zona tampão

2007-05-16 14:34:00

Os produtores rurais de 13 municípios da região de fronteira são contra a criação da zona de alta vigilância sanitária, chamada de zona-tampão, que vai "excluir" estas localidades do comércio de bovinos por, no mínimo, dois anos. A medida vai causar "paralisação geral" na região em virtude da zona a ser formada por faixa de 15 quilômetros de largura no Brasil e outros 15 no Paraguai. Em Bela Vista, 70% das propriedades e 90% do rebanho estão nesta faixa.

Ontem, a Comissão dos Produtores Rurais dos Municípios de Fronteira divulgou nota, assinada pelo presidente da entidade, Luiz Carlos Pantalena, na qual afirma que discordam do acordo de medidas sanitárias assinado na última sexta-feira entre Brasil e o país vizinho "por conterem medidas de exclusão e discriminação em relação às áreas que não se encontram na zona infectada", afirmando que "não podemos concordar com a perda, sem qualquer justificativa técnica de nossos direitos de cidadãos e principalmente de produtores rurais geradores de riquezas e de empregos em nossa região". A comissão representa pecuaristas que são responsáveis por cerca de 10% do rebanho bovino do Estado.

"Não podemos concordar com este suicídio. Os 13 municípios vão sofrer sanções sanitárias muito rígidas que vão excluí-los do mercado", disse Pantalena, destacando que entre as exigências está a realização de sorologia e quarentena, defendendo alterações nestas normas para que as localidades não sejam prejudicadas.

Olho no olho
Na tarde de ontem, em Brasília, o deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT/MS) defendeu que haja um controle rígido por parte no Brasil na vacinação do gado paraguaio. "O Brasil tem de vacinar lá (no Paraguai) para ter certeza de que vacinaram seu rebanho", enfatizou o parlamentar na audiência pública promovida pela Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados.

Também no debate, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, secretária de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo de Mato Grosso do Sul, reclamou da dificuldade do Governo federal em liberar recursos e o reduzido investimento que é feito. Ela citou que o poder público investe apenas US$ 0,27 por cabeça de gado em sanidade, para um setor que gera receita de US$ 9 bilhões/ano.

Segundo informações do Correio do Estado, outro problema citado pelos representantes de MS foi a dificuldade em se obter os R$ 25 milhões liberados na semana passada, após mais de um mês de negociações. "O vírus não espera medida provisória", destacou Tereza Cristina. Ontem começaram a ser indenizados, no valor de R$ 8,5 milhões, 74 produtores que tiveram gado abatido na região dos focos.

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