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quinta-feira, 28 de março de 2024

Preço elevado do milho prejudica produção de suínos e aves

2011-05-20 18:35:00

A elevação no preço do milho está preocupando produtores de aves e de suínos. A saca de cereal, que representa 70% do custo da alimentação das aves, está em torno de R$ 30.

Quase o dobro do mesmo período no ano passado. Produzir um quilo de frango custava R$ 1,40 em maio de 2010, agora está R$ 1,80. Em São Paulo, o produtor não consegue vender o animal por mais de R$ 1,55.

Para Érico Pozzer, presidente da Associação Paulista de Avicultura, a expectativa é que as condições de mercado melhorem no segundo semestre. Até lá, os produtores vão frear a produção.

No Sul do país, onde está concentrada a maior parte da produção de aves, a situação também é complicada. No Rio Grande do Sul, os produtores buscam um 1, 5 milhão de toneladas de milho de outros Estados. A associação que representa o setor no Estado pediu ajuda ao governo federal. Segundo o diretor da entidade, nos próximos dois dias devem ser liberados leilões de prêmio de escoamento de produto (PEP). O mecanismo garante subsídio na compra de milho dos estoques públicos.

No setor de suínos, a situação é semelhante. Com os altos custos, principalmente na alimentação animal, produtores afirmam que já estão no prejuízo. Uma alternativa tem sido vender animais com peso abaixo do considerado ideal para manter o caixa funcionando e até evitar a eliminação de matrizes.

É o caso do suinocultor de Holambra, no interior paulista, Eduardo Walravens. Manter o plantel de 2,5 mil cabeças tem custado R$ 56 por arroba, mas o preço de venda está em R$ 45.

E a situação dele pode ficar ainda pior. Hoje Eduardo paga R$ 28 por uma saca de milho, porque ainda compra na própria região. Mas, a partir de junho, o preço deve aumentar, e ele vai ter que trazer o produto de mais longe. O valor pago pela saca deve chegar a R$ 30.

O analista Osler Desouzart considera as medidas adotadas por avicultores e suinocultores até normais, considerando a situação de mercado ano a ano. E adverte que os produtores vão ter que se adaptar a novos patamares de preços de insumos. Segundo ele, a melhor saída é planejar a produção a longo prazo.


 

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