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Soja na safra 2010/2011 deve alcançar recorde de 72 mi de t

2011-04-14 09:30:00

A rentabilidade dos produtores de soja do Mato Grosso do Sul e Goiás, afetados pelos longos períodos chuvosos, deve ficar dentro das médias registradas nos últimos anos, afirmou ontem a empresa Agroconsult, responsável pelo Rally da Safra, realizado para levantar estatísticas a respeito das safras de soja e milho do Brasil. Já a produção de soja na safra 2010/11 deve alcançar recorde de 72,7 milhões de toneladas.

Os resultados da expedição, que terminou no domingo, 27 de março, apontam, pela primeira vez na história do agronegócio brasileiro, uma produtividade recorde de soja acima de 50 sacas por hectare.

Por conta do clima, a produtividade média de Mato Grosso do Sul, estimada inicialmente em 51 sacas de soja por hectare, caiu para 46 sacas, total que também fica atrás das 52 sacas obtidas na safra anterior. Segundo o coordenador-geral do Rally, André Pessôa, se o estado não tivesse sofrido com o clima e a estimativa inicial se confirmasse, o produtor conseguiria até R$ 1 mil por hectare. Com as perdas em volumes do grão esse montante recuará para R$ 850. E somando a isso os descontos pela má qualidade da soja colhida, o mesmo agricultor receberá R$ 700 por hectare. "Ainda assim essa é uma margem bruta superior a alcançada no Mato Grosso do Sul nos últimos anos, que era muito inferior a R$ 700 por hectare. Na média do estado, essa não é uma safra ruim, e a rentabilidade é muito satisfatória ante as médias anteriores", afirmou.

Ainda assim, Pessôa frisou que esses números não são suficientes para generalizar o caso do estado. "Temos situações dramáticas como os produtores de São Gabriel do Oeste, e Bandeirantes que tiveram perdas elevadas, em alguns casos até 100% da lavoura, e que terão que recorrer ao seguro e certamente não terão desempenhos nada positivos", disse. O Estado de Mato Grosso do Sul deve fechar essa safra com 4,8 milhões de toneladas de soja, ante os 5,3 milhões obtidos em 2010.

Em Goiás, a produtividade atual deve ficar em 47 sacas de soja por hectare, contra as 48 obtidas em 2010. A produção do estado ficará um pouco menor que a safra anterior, com 7,2 milhões de toneladas, se comparada aos 7,3 milhões registradas na safra 2009/2010.

Segundo a Agroconsult, o Brasil deve fechar esta safra de soja com recorde de produção de 72,7 milhões de toneladas, contra os 68,9 milhões vistos na safra anterior. "O bom desempenho das lavouras de soja precoce no centro-oeste, a alta produtividade no Paraná e Rio Grande do Sul e a expectativa de resultados positivos no Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia marcam essa safra recorde", contou ele.

Apesar do bom resultado, as perdas por conta do clima e do uso de maquinários antigos diminuíram em aproximadamente 4% a produção nacional do grão, chegando às surpreendentes 2,9 milhões de toneladas de grãos perdidas. André Pessôa afirmou que, apesar disso, as perdas não foram tão expressivas, já que a expectativa era de até 8% de perdas. "Na colheita de soja, nós chegamos a uma perda no Brasil de 4% que representa 2 sacos por hectare, dos 24 milhões de hectares que temos de colheita de soja. Isso representa 2,9 milhões de toneladas que deixaram de ser colhidas. Não é um montante tão alto quando as expectativas iniciais que eram de 5% a 8%. Mas ainda assim é muita coisa, uma colheitadeira bem regulada, em boas condições operando na velocidade correta não deixa mais que 0,5% no campo", contou ele.

Entretanto o coordenador do Rally fez questão de ressaltar que as chuvas não podem ser consideradas a maior razão para essas perdas. "Os maquinários antigos aumentam muito as quebras nas safras. É claro que as chuvas ajudaram, mas as perdas pelas máquinas fecharam a conta".

Embora a área plantada de milho não tenha crescido, passando de 7,72 milhões de hectares na safra 2009/2010, para 7,70 milhões, a safra de verão do grão é maior que as estimativas iniciais e que os montantes obtidos no ano passado. Espera-se uma safra de aproximadamente 34,8 milhões de toneladas, contra os 34 milhões vistos em 2010. "Vou chamar a atenção pelas quantidades de lavouras que possuíam produções acima de 150 sacas por hectare, chegando agora a mais de 200 sacas, o que mostra que os agricultores estão apostando em novas tecnologias", disse Pessôa.

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