2011-03-11 10:48:00
O excesso de umidade está comprometendo as lavouras de soja em Mato Grosso do Sul. Por causa da chuva, a colheita é feita em ritmo bem lento e os grãos começam a perder qualidade.
A pressa é tanta que Elvio Drews, dono de uma lavoura em Maracaju, região sul do estado, assumiu o volante da colheitadeira.
“A aparência está muito bonita, só que com a chuvarada perdemos em torno de 30% até agora”.
No primeiro de sol depois de quase duas semanas de chuva, os produtores correm contra o tempo.
Eles tentam colher e salvar o que podem da produção de soja. Cerca de 70% da lavoura ainda está no pé.
Os produtores colhem soja úmida mesmo e com isso perdem também na hora da classificação.
Luciano Muzzi é presidente do Sindicato Rural de Maracaju. No município, foram plantados 207 mil hectares de soja, seria a melhor safra da história, com produtividade média acima de 55 sacas por hectare, mas a soja que está no pé não tem qualidade.
“Ela não cessa o processo de fermentação, então quando seca e é armazenada, ela consome toda a massa de grão. Ela fermenta e perde qualidade”, afirmou.
Em São Gabriel do Oeste a situação é ainda mais crítica. Tem produtor, como Jânio Pinesso, que perdeu tudo. Foi tanta água que a soja germinou no pé.
“Estou há 30 anos aqui e nunca vi uma situação assim. Foram dias e noites de chuva sem nada de sol.
Quando ameaça uma melhora no tempo, em seguida cai um volume grande de chuva. O esforço de um ano de todos os agricultores foi perdido, não temos o que fazer”.(www.famasul.com.br)