2011-02-07 10:15:00
Em posição de vanguarda na agricultura tropical mundial, o Brasil tem atingido boas marcas nos últimos 25 anos no agronegócio.
O setor deixou de ser apenas provedor de alimentos in natura para incorporar toda a cadeia produtiva – fornecedores de bens e serviços, produtores agrícolas, processadores, distribuidores, governo, mercado etc.
Esse conceito foi adotado no início dos anos 90 e tomou força graças a ações governamentais de estabilização e abertura de mercados, políticas agrícolas de crédito e geração de tecnologia agropecuária.
O novo modo de produção otimizou os números do setor. O volume da safra de grãos, por exemplo, cresceu 268% entre 1975 e 2010 de 39,4 milhões de toneladas para 145,2 milhões.
A produção de carne seguiu o mesmo caminho e passou de 2,7 milhões de toneladas, em 1975, para 19,5 milhões em 2009, alta de 622%.
Os dados são da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A entidade, vinculada ao Ministério da Agricultura, foi criada em 1973 e, desde então, concentra esforços principalmente nas áreas de tecnologia e pesquisa.
A melhoria da estrutura e eficiência do setor é visível ao se analisar números relativos à produtividade e indicadores econômicos do País.
O agronegócio brasileiro responde por 25% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de tudo o que é produzido pela economia do País) e 30% das exportações nacionais. A população foi beneficiada com a redução do custo dos produtos. Em 25 anos, o preço da cesta básica caiu 5,5%.
Emprego e renda
Além da importância econômica, o agronegócio reflete positivamente na área social. Nas regiões de fronteira agrícola, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) apresenta constantes altas devido a políticas de concessão de crédito para o produtor.
Os financiamentos, usados para compra de insumos e máquinas, ajudam a reforçar o potencial exportador de produtos brasileiros. Em 2009, o setor foi responsável por mais de 35% do total de empregos no País, 28% da renda nacional e por 36% das exportações.
Com a expectativa de investimentos em novas tecnologias para o setor, o Brasil quer produzir mais para garantir o abastecimento para o mercado interno, alavancar o valor de exportação e gerar novos postos de trabalho.(Embrapa)