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sexta-feira, 29 de março de 2024

Chuva instável prejudica lavouras em Dourados

2011-01-21 09:15:00

A instabilidade do clima com chuvas mal distribuídas na região vem deixando o solo seco em algumas áreas, fato que preocupa produtores. A soja está em fase de desenvolvimento do grão e a pouca umidade já está comprometendo a qualidade da produção.

A produtora rural Vicenzina Palombo, que planta 1.300 hectares no Guaçu, calcula que já tenha perdido pelo menos 20% da cultura nesta safra. Ela diz que na maior parte da região tem chovido regularmente e muitas vezes até em excesso, impedindo alguns produtores de fazer a pulverização do defensivo agrícola. Com isso, as lavouras sofrem com o ataque das lagartas.

Mas na área dela, não chovia há cerca de um mês. Ela conta que a última chuva foi em 22 de dezembro. “De lá para cá, não tivemos chuva (até anteontem), o que já fez com que perdessemos uma parte da produção”, disse a produtora. No final da tarde, após a passagem da reportagem do O PROGRESSO, choveu naquela região, mas o aguaceiro já não reverte as perdas registradas.

Outro problema segundo ela, são as estradas de acesso às fazendas “que estão em estado lastimável”. Ela diz que até o final do mês a produção já começa a ser colhida e acredita que os produtores da região terão muita dificuldade para transportar a produção.

O presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos da Grande Dourados (Aeagran), Bruno Tomanizi, explica que em geral as lavouras em Dourados estão se desenvolvendo muito bem com as chuvas. No entanto, não tem sido uniforme. Em alguns locais e não chove há mais de 20 dias, fato que preocupa os produtores, já que a soja está em pleno desenvolvimento. A colheita da safra atual está prevista para começar nos primeiros dias de fevereiro e vai até começo de março. A previsão feita pelos técnicos da área agrícola junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) é que Dourados deverá colher, na safra atual de soja, 436.800 mil toneladas de grãos. O município manteve a área da safra 2009/2010, que foi de 140 mil hectares. O rendimento médio previsto é de 3.120 quilos por hectares.

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