2009-10-10 15:30:00
Alguns pequenos produtores rurais, da região sul de Mato Grosso do Sul, já começaram o plantio da safra de verão. Para os médios e grandes produtores, o momento é de organizar a área, as sementes e os adubos. Muitos já receberam o crédito agrícola. Segundo o banco oficial, o valor disponibilizado este ano é 40% maior que no mesmo período do ano passado. Nesse caso é preciso esperar o prazo determinado zoneamento agrícola.
Os adubos já estão no armazém e as sementes devem chegar nos próximos dias. A área na qual a soja será plantada foi forrada com a palha do trigo. As máquinas já traçaram onde vão ser aplicados os herbicidas e inseticidas. Está tudo pronto para o plantio. A expectativa dos agricultores brasileiros é grande para esta safra e o principal motivo é a chegada das chuvas.
A estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê um aumento de quase 5% na produção do país. A previsão é de que sejam colhidos até 141 milhões e 62 mil toneladas, sendo 4 milhões 766 mil toneladas somente em Mato Grosso do Sul. A previsão dos especialistas é que países, como os Estados Unidos, a Argentina e o Brasil, derrubem o preço da saca. Ainda assim, o momento é de otimismo para os produtores do Estado. Pedro Lima Pinto é agricultor e vai plantar soja em 1 mil hectares. Ele calcula um custo menor de produção, que gira em torno dos 30%. “Existe uma possibilidade boa de conseguir botar a vida em ordem se a gente conseguir uma produção acima de 50 sacas.” O banco oficial já liberou R$ 453 milhões para quase 6 mil produtores rurais de MS. O valor é cerca de 40% a mais que no mesmo período do ano passado. “Todas as propostas que entraram no banco nós conseguimos liberar durante o vazio sanitário ou antes da época de preparo do plantio. Todos os produtores já tiveram a cédula assinada. Esse ano não faltou crédito e nós conseguimos antecipar a liberação dos recursos”, afirma o gerente do banco em Dourados, José Gonçalves Dias Neto.
O economista Leonardo Mossuri indica, para quem não teve esta facilidade, a permuta com empresas privadas ou o uso de recursos próprios. “Eu acredito que o produtor deva vender a soja na base de R$ 31. dentro da estrutura de custo isso não deixa de ser um ganho. Ele deve ganhar na faixa de 25% a 30% sobre o hectare. Como ele vai manipular e utilizar esse dinheiro vai depender de cada produtor. Eu recomendo que ele pegue parte desse dinheiro e comece a quitar as suas dívidas. Isso deve liberar ele para mais possíveis créditos nas safras futuras”, aconselha o economista.
