2009-09-23 13:13:00
Produtores rurais e técnicos da área agrícola estão
Segundo o engenheiro agrônomo e técnico do laboratório, Bruno César Álvaro Pontim, a doença apareceu numa folhagem de soja germinada aleatoriamente por uma semente que provavelmente caiu durante o transporte na rodovia entre Dourados/Ponta-Porã. A planta foi levada para o laboratório, onde se confirmou a doença.
A identificação desse foco coloca os produtores e técnicos da área em alerta, já que o vazio sanitário, que tem como objetivo reduzir a quantidade de esporos da ferrugem e inibir o ataque precoce à soja, termina no próximo dia 30,
De acordo com o presidente da Associação dos Engenheiros Agronômos de Mato Grosso do Sul (Aeagran), Bruno Tomazini, com o aparecimento deste primeiro foco, os produtores terão que redobrar os cuidados na região, principalmente se o clima continuar chuvoso, que propicia o aparecimento da doença.
Ele diz que na safra passada, não houve tanta preocupação com a doença porque as lavouras foram castigadas com a estiagem. “Se as condições climáticas permanecerem como estão, existe a possibilidade da ferrugem surgir com mais força nesta safra, por isso, é necessário fazer monitoramento mais cedo para tomar medidas de controle à praga”, alerta o engenheiro agrônomo.
De acordo com o Consórcio Antiferrugem, na safra passada as lavouras de soja de Mato Grosso do Sul registraram 233 focos de ferrugem asiática. Já em Dourados foram 35 focos.
Desde a adoção do vazio sanitário, em 2007, o Grupo Antiferrugem diz que tem registrado demora para o aparecimento da ferrugem asiática da soja
Segundo dados do Consórcio, na safra 2008/2009, o primeiro relato da doença no Estado foi
“Na primeira safra após a implantação do vazio, a ferrugem demorou 17 dias para aparecer no Estado. Na segunda safra, a doença atrasou um mês para surgir em relação às safras anteriores à medida”, explica o engenheiro agrônomo da Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados), Alexandre Roese.
Ele lembra, no entanto, que no início das duas últimas safras
Em função desses dois fatores o vazio sanitário, além de atrasar o aparecimento da ferrugem, adia a possibilidade de epidemia, devido à menor quantidade de inóculo do fungo causador da ferrugem no início da safra. “Esse atraso facilita o controle químico da doença”, diz o engenheiro agrônomo. (Com informações da Embrapa Agropecuária Oeste).