2009-05-21 18:09:00
Na última segunda-feira, na sala de reuniões da Copasul, durante a realização da reunião da Comisão Regional de Estatísticas Agropecuárias (Corea), presidida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísca (IBGE), houve a avaliação extra-ordinária da safra agrícola de verão 2008/2009. Foram registradas perdas que levaram ao prejuízo total de de R$ 36,91 milhões.
A reunião foi convocada pelo IBGE, devido a necessidade de haver dados concretos para subsidiar ao poder executivo municipal, para que possa ser elaborado com embasamento o decreto de situação de emergência, que pode possibilitar o pedido de compensação junto aos governos estadual e federal para os produtores rurais impactados pela ocorrência de perdas provocadas pela estiagem prolongada.
As informações coletadas e registradas servirão de subsídios para que o produtores busquem alternativas junto a rede bancária, para minimizar os prejuízos e os números podem servir de subsídios para que a Agraer elabore um laudo técnico (relatório de avaliaççao de danos – Avadam).
Na reunião estiveram presentes representanres de órgçaos públicos, empresas e entidades como o Sindicato Rural, IBGE, Banco do Brasil, Copasul, Agro-100, Sadia, Agraer, Iagro, Departamento Municipal de Agricultura e Pecuária, Cooperativa C. Vale e Via Campos,
PREJUÍZOS- Segundo o gerente regional do IBGE – Jair Alves dos Santos, foi constatado que nas lavouras de culturas de verão (soja, algodão e milho) do município de Naviraí houve perdas de 14,7 milhões, entre os meses novembro e dezembro de 2008, devido a falta de chuvas.
E nas lavouras de inverno (milho safrinha, sorgo e feijão), os prejuízos provocados pela estiagens prolongada ocorrida em março e abril de 2009, ocasionaram prejuízos da ordem de R$ 22,2 milhões.
De acordo com o IBGE, a lavouroa de 435 hectares de algodão teve quebra de produção de 15%, provocada pela estiagem prolongada ocorrida na fase de floração e formação de maçãs. O rendimento médio fei de 2.455 kg/ha; com a produção obtida de 1.068 toneldas. As variedades cultivadas foram Delta Pioner e DP-20. O preço médio pago ao produtor pela arroba de 15 Kg está em torno de R$ 13. Por conta da estiagem prolongada os produtores deixaram de colher 194 toneladas do produto, perfazendo um prejuízo de em torno: R$ 25.142.
MILHO 1ª SAFRA- A lavoura concluiu a sua colheita no município e em virtude da estiagem prolongada ocorrida na fase de floração e enchimento de grãos, foi detectado uma quebra de 20% na produtividade final obtida, tendo a lavoura apresentado os seguintes resultados finais: área plantada e colhida: 664 ha; rendimento médio obtido: 3.600 kg/ha; produção obtida: 2.390 t. As variedades mais utilizadas são a AG-9088 e Decalb 350. O preço médio pago ao produtor pela saca de 60 Kg, está em torno de R$ 15,20. Com a ocorrência da estiagem, foram deixados de colher 9.970 sacas, estando os prejuízos calculados em torno de R$ 151.544,00.
SOJA- A lavoura concluiu a sua colheita no município, por conta da estiagem prolongada ocorrida na fase de floração, a lavoura apresentou uma quebra de 14% na produtividade final, pelo mesmo fator, foi identificado ainda uma área de 478 ha com perda total, desta forma a lavoura apresentou o seguinte resultado final: área plantada: 47.822 ha; área com perda total: 478 ha; área colhida: 47.344 há; rendimento médio obtido: 2.2.580 kg/ha; produção obtida: 122.148 t.
O preço médio pago ao produtor pela saca de 60 Kg, está em torno de R$ 40,50. Levando-se em consideração que a produtividade média municipal é de 3.000 Kg/ha, em decorrência da estiagem prolongada os produtores deixaram de colher 355.300 sacas, estando os prejuízos calculados em torno de R$ 14.389.650,00.
ABACAXI- A lavoura em fase de entressafra, confirma o resultado final apresentado anteriormente, ou seja: área colhida: 2 ha; rendimento médio obtido: 7.500 frutos por hectare; produção obtida: 15 mil frutos.
CANA-DE-AÇÚCAR- A lavoura em fase inicial de colheita mantém as previsões anteriormente apresentadas, ou seja: área total existente: 20.290 ha; área prevista para plantio em 2009: 1.800 ha; área prevista para colher no ano: 17.000 há, rendimento médio previsto: 75.000 kg/ha; produção prevista: 1.275.000 toneladas. O preço médio pago ao produtor, está em torno de R$ 30,00 a tonelada.
MANDIOCA- A lavoura em fase inicial de colheita mantém as estimativas anteriores, ou seja: : área total existente: 1.500 há; área prevista para colheita no ano: 1.100 ha; rendimento médio previsto: 24.000 kg/ha; produção prevista: 26.400 toneladas. O preço médio pago ao produtor é de R$ 110,00 a ton.
CAFÉ- A lavoura em fase inicial de colheita, mantém as estimativas anteriores, ouse seja: área plantada e destinada a colheita: 20 ha; rendimento médio previsto: 1.000 kg/ha; produção prevista: 20 t. Situação normal.
SAFRA DE INVERNO – MAIO/2009
FEIJÃO 2ª SAFRA– A lavoura em fase de desenvolvimento vegetativo teve seu ciclo de plantio e germinação prejudicados pela ocorrência da estiagem prolongada, já foi detectado uma quebra na produtividade prevista de 50%, desta forma estão sendo reavaliadas as estimativas anteriores, passando aos seguintes dados: área plantada: 830 ha; Produção Prevista: 548 t; rendimento médio previsto: 660 Kg/ha.
A variedade cultivada e o Carioquinha. Com a ocorrência da estiagem prolongada, os produtores deixarão de colher em torno de 9.130 sacas, estando os prejuízos calculados em torno de R$ 547.800,00 .
MILHO 2ª SAFRA- A lavoura em fase de pendoamento e espigamento, teve o seu período de plantio, germinação e desenvolvimento vegetativo prejudicados pela ocorrência de estiagem prolongada, em relação as estimativas iniciais, a Comissão avalia que em virtude destes fatores no geral a lavoura já apresenta uma quebra de 51% na produção, o plantio ficou dividido entre área de zoneamento e não zoneamento, como segue previsão já reavaliada já com os efeitos negativos da estiagem, que também provocou perda total em uma área de 1.044 ha. Variedades cultivadas: DECALB: 750 e 959. SINGENTA: Tracto e Soma.
ÁREA COM ZONEAMENTO: área total plantada: 16.750 ha; área com perda total: 1.044 ha; área prevista para colheita: 15.706 ha; rendimento médio previsto: 1.920 kg/ha; produção prevista: 30.156 t. (quebra de 60%). ÁREA SEM ZONEAMENTO: área total plantada: 16.750 ha; rendimento médio previsto: 2.880 kg/ha; produção prevista: 48.240 t. (Quebra de 40%).
Com a ocorrência da estiagem prolongada, os produtores deixarão de colher: 1.373.400 sacas, estando os prejuízos calculados de em torno R$ 21.631.050,00.
SORGO GRANÍFERO 2ª SAFRA- A lavoura em fase de desenvolvimento vegetativo, também foi prejudicada pela estiagem prolongada, sendo já detectado quebra de 40% na produtividade inicialmente prevista, passando as seguintes estimativas já reavaliadas: área plantada: 101 ha; produção prevista: 182 t; rendimento médio previsto: 1.802 kg/ha. Com a ocorrência da estiagem prolongada, os produtores deixarão de colher: 2.017 sacas, estando os prejuízos calculados em torno de R$ 22.187,00.
TRIGO- A estiagem prolongada também prejudicou a efetivação do plantio da lavoura, que está atrasado, porém com a chegada das chuvas, acredita-se que os produtores conseguirão concluir o plantio dentro do calendário previsto, a lavoura mantém as estimativas anteriores, ou seja: área prevista para plantio: 600 ha; produção prevista: 1.680 t; rendimento médio previsto: 2.800 kg/ha
