2009-05-07 11:05:00
O Vereador Barbosa acompanhado pelo Presidente da Câmara Municipal, Jesus Milane de Santana e assentados do município de Iguatemi, realizam algumas viagens para o interior de São Paulo e no Paraná, com o objetivo de conhecer “in loco” como se processa o cultivo do Urucum. Para melhor conhecimento da população sobre as propriedades desta planta, relatamos algumas informações importantes.
Conforme publicação na Revista Globo Rural, o urucum é um fruto coberto por uma penugem longa. Guarda em seu interior sementes rubras usadas por povos nativos do continente como matéria-prima para tinturas, proteção da pele contra o sol e como repelente de insetos.
O urucum primeiro se difundiu sob a forma de colorífico (mais conhecido como colorau), condimento largamente utilizado na culinária para realçar a cor dos alimentos. Hoje, entretanto, seu emprego se espalhou para inúmeros segmentos da produção industrial. Com isso, voltou a ser aplicado sobre a pele – na forma de maquiagem e de protetor solar – e há pesquisas provando que ele próprio traz boa saúde.
A crescente demanda por produtos livres de aditivos sintéticos está ajudando a impulsionar o consumo do urucum. Isso incentivou o cultivo da planta em várias as regiões do país: Pará, Paraíba, Bahia, Minas Gerais, Paraná e São Paulo.
Propriedades medicinais: o chá das sementes tem ação digestiva e expectorante, e ainda tem função laxante. Já a infusão das folhas atua contra bronquite, faringite e inflamação dos olhos. O pó tem ação antibiótica, e atua como antiinflamatório em contusões e feridas.
O cultivo – Rústico e de baixo custo de produção, o urucuzeiro não exige grandes cuidados precisando de chuvas na época da floração e de clima seco no desenvolvimento dos grãos. Os baixos custos para iniciar uma lavoura tornam a atividade, de fato, atraente. Para cada hectare são recomendados 250 mudas da árvore, com espaçamento de cinco metros e corredor de oito metros.
O preço de uma muda se situa em torno de 12 centavos de real, o que significa um gasto de 30 reais por hectare. Somente lavouras de porte médio ou grande exigem uma máquina para debulhar o grão, que custa cerca de mil reais.
Colheita -Ao final de dois anos, as árvores começam a produzir. Em um hectare é possível colher 750 quilos, que, a preços atuais, renderão um faturamento de 1.500 a 3.750 reais, dependendo do teor de bixina, componente que dá a cor ao urucum. Quanto mais alto o índice desse carotenóide, maior o preço pago ao produtor.
Alguns produtos que levam urucum na composição
Salsichas, Colorífico, Queijos processados, Sorvete, Margarina, Manteiga, Iogurte, Massas, Blush, Protetor solar e Medicamentos.
A ascensão do mercado de corantes naturais se deve, principalmente, à proibição da OMS – Organização Mundial de Saúde, ao uso de produtos sintéticos em alimentos. O grão apresenta uma característica muito importante: pode ser solúvel tanto em água quanto em óleo. Por isso, é amplamente empregado na indústria alimentícia como corante para laticínios, doces, massas, carnes, sorvetes, bebidas, óleos e gorduras. Também pode ser adicionado a cosméticos, produtos farmacêuticos, tecidos e tintas.
O futuro do urucum é promissor também como ingrediente medicinal. Diversas aplicações se encontram em fase de estudo, destacando-se o uso da planta em terapias contra o câncer. O urucum contém geranil-geraniol, elemento utilizado como coadjuvante no tratamento da doença. Cada semente de urucum contém cerca 2,5% do componente.
O Presidente da Câmara Municipal, Jesus Milane de Santana, juntamente com o Vereador Barbosa disponibilizam o suporte necessário para os interessados em diversificar suas atividades no município.
