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quinta-feira, 18 de abril de 2024

Perdas na lavoura de milho podem chegar a 60%

2009-05-05 11:55:00

As perdas na lavoura de milho 2ª safra em Dourados podem variar entre 30% a 60%, conforme avaliação de técnicos. A última chuva em Dourados foi em 31 de março. No domingo passado, ocorreu uma precipitação de apenas 2,2 milímetros, mas não foi suficiente para amenizar a falta de umidade do solo.

De acordo com o presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos da Grande Dourados (Aeagran), Bruno Tomazzini,  conforme avaliação realizada pelos técnicos na semana passada, as perdas variam em cada área. “Em algumas lavouras o milho prejudicado chega a 30%, mas em outras, as perdas passam da metade, como é o caso da  região de Indápolis”, exemplifica.

Em Dourados, o milho 2ª safra foi plantado numa área de 100 mil hectares, 60% desse plantio feito até 10 de março – que está em fase de florescimento e enchimento de grão – é o que mais está sofrendo com a falta de chuva. “Se chover nos próximos dias, muitas lavouras podem ser salvas”, garante Bruno. Neste grupo, possivelmente, maioria, são os produtores que já havia tido perdas nas lavouras da soja. “São produtores que tiraram a lavoura da soja, já perdida, e plantaram logo em seguida o milho para amenizar o impacto, mas pelo visto, muitos terão outra frustração”, comentou.  

Já os 40% restantes da lavoura de milho, plantados após 10 de março, não estão sendo tão prejudicados, mas podem vir a sofrer com as consequências das possíveis geadas. 

Segundo o engenheiro agrônomo, os produtores que financiaram a safra e fizeram seguro estão mais tranquilos, porém, os que plantaram com recursos próprios, podem ficar no prejuízo. Inicialmente a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) era que a área plantada do milho, de 100 mil hectares, tivesse um rendimento médio de 3.960 quilos por hectares. Uma nova análise deve ser feita no mês de junho, para avaliar as perdas totais por causa da estiagem.

ALERTA


A Prefeitura de Dourados já descartou uma nova situação de emergência, já que está um vigor a última, feita em janeiro, que teve a homologação do Estado e da União. Esse decreto – que inclui toda a cadeia produtiva, que tenha impacto no Produto Interno Bruto (PIB), do município – já estaria incluída uma possível perda nas lavouras de milho.

A falta de chuva prolongada, que se estende em toda a região Sul do Estado, pode obrigar cidades como Eldorado, Mundo Novo, Japorã, Iguatemi, Tacuru, Sete Quedas e Itaquiraí a decretar situação de emergência. Os presidentes de Sindicatos Rurais e prefeitos dos municípios vão se reunir hoje  para avaliar a queda na produção. Em algumas dessas cidades não chove há quase 50 dias.

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