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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Produtores querem fim de medidas russa contra carne suína

2009-02-15 15:04:00

A Abipecs – Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína – manifestou, nesta sexta-feira (13), a importância de reverter a medida adotada pela Rússia, no final de 2008, que reduziu a cota de venda de carne suína àquele mercado e aumentou a tarifa extracota.

Em nota à imprensa, a entidade disse esperar que o governo brasileiro consiga aumentar a cota do país na reunião de segunda-feira (16/02), em Moscou. O encontro deve contar com uma delegação do governo federal e autoridades russas.

A missão brasileira é integrada por Ivan Ramalho, secretário executivo do MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Célio Porto, secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura; Carlos Marcio Cozendey, diretor do Departamento Econômico do Ministério das Relações Exteriores; e pelo embaixador em Moscou, Carlos Paranhos. O grupo deve se reunir com autoridades russas do Ministério do Comércio.

Com as alterações promovidas pela Rússia em dezembro do último ano, a cota destinada a outros países (o Brasil, embora o maior fornecedor, não possui cota própria) foi reduzida de 197 mil toneladas para 177 mil toneladas.

Os russos também acabaram com a cota destinada a retalhos de carne suína, que era de 32 mil toneladas. Essa diminuição do acesso brasileiro foi direcionada ao aumento da cota própria dos Estados Unidos, que passou de 50 mil para 100 mil toneladas.

De acordo com o presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto, o sistema de cotas da Rússia é baseado no fluxo de comércio de uma década atrás e ignora a posição atual de grande fornecedor do Brasil.

Além disso, por ocasião da visita do presidente Lula a Moscou, em 2005, e com o apoio do Brasil ao processo de entrada da Rússia na OMC, os russos teriam se comprometido a manter o volume de negócios, o que não vem ocorrendo. "E neste momento de crise, não podemos ver o comércio se restringir ainda mais, com alterações políticas em regime de acesso ao principal mercado para a carne suína brasileira", afirma Neto.

Além das discussões sobre a carne suína, a delegação brasileira deve tratar de outros temas do comércio bilateral, a exemplo da importação de trigo daquele país. A compra do cereal russo é uma das saídas estudadas pelo governo para manter a oferta do produto no Brasil. Isso porque a Argentina, até então principal fornecedora do país, tem enfrentado sérios problemas climáticos, o que reduziu a oferta de trigo que pode ser vendida ao exterior.

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