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sábado, 27 de abril de 2024

Fertilizantes caros são estímulo à compra antecipada

2008-07-16 14:19:00

O preço dos fertilizantes está assustando os agricultores do Paraná. Em Rolândia, as vendas na cooperativa já começaram e muita gente está pensando em reduzir a adubação.

Na Corol, a cooperativa de Rolândia, no norte do Paraná, a campanha de venda de insumos para a próxima safra já começou. Todo ano os cooperados fazem os pedidos nesta época para receberem os produtos em setembro. É o caso do agricultor Luiz Lunardoni. Ele encomendou 60 toneladas de fertilizantes para o plantio de soja, a mesma quantidade da safra passada.

“Se eu diminuir a adubação, fatalmente diminuo a produtividade. A soja e o milho hoje estão com um patamar de preço bom. Isso acaba diluindo um pouco o aumento de custo”, avaliou Lunardoni.

Mas muitos produtores decidiram usar menos fertilizantes na próxima safra. É uma aposta. Eles dizem que vêm cuidando bem da terra ao longo dos últimos anos, seguindo todas as recomendações técnicas. Por isso, acreditam que agora podem cortar o adubo sem comprometer a produção.

O agricultor Gelson Prete vai reduzir em 20% as compras de fertilizantes. “Talvez na próxima safra o preço esteja mais estabilizado e a gente aumente de novo”, planeja.

O seu Gelson está tomando está atitude por causa da alta no preço de adubo de um ano para cá.

“Ele representava apenas 10% do custo de produção da soja e hoje foi para praticamente 30%. Três vezes mais quando comparado com a safra de 2006”, calculou Humberto Duarte, chefe do departamento técnico da Corol.

O seu Luiz Lunardon prefere não correr riscos. Na terra onde hoje está o trigo, ele também vai plantar soja, caprichando na adubação. “Eu acho que é melhor não arriscar e plantar seguro”, disse. O preço do adubo mais usado na região subiu cerca de 80% de um ano para cá.

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