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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Prazo para comunicação da vacinação encerrou hoje

2008-06-10 19:17:00

Terminou hoje (10) o prazo para o produtor comunicar a vacinação do seu rebanho na etapa de maio contra a febre aftosa, encerrada no último dia 31. As propriedades das microrregiões existentes como pequenos e mini produtores, assentamentos, reservas indígenas e fazendas localizadas num raio de cinco quilômetros dos recintos de leilões e exposições ou que fazem limite com Pará e Bolívia, também estão obrigadas a declarar a vacinação.

A comunicação é necessária para que os órgãos de defesa sanitária mantenham o controle da vacinação nas propriedades, visando proteger o rebanho da febre aftosa, considerado o terror do pecuarista. Outra razão é o cadastramento das propriedades e da atualização do rebanho bovino, uma espécie de censo pecuário.

O presidente do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) – órgão responsável pela realização das campanha, acompanhamento, controle e fiscalização das propriedades – Décio Coutinho, diz que a multa para quem deixar de comunicar a imunização dos animais no prazo estabelecido é de R$ 58 por cabeça não vacinada.

Ele informou que os fiscais do Indea estarão percorrendo a partir de amanhã as propriedades rurais do Estado que não fizeram a comunicação da vacinação. “Aqueles que vacinaram o rebanho e deixaram de comunicar vão sofrer uma penalidade administrativa, ficando sem poder fazer qualquer movimentação do gado – inclusive vender e transitar – pelo período correspondente ao dobro do tempo que ele ficou sem comunicar a imunização ao Indea”, explica. Em Mato Grosso o Indea conta com 137 unidades locais que ficarão responsáveis por este trabalho de fiscalização nas propriedades.

META – A meta de maio é vacinar todo o rebanho cadastrado para receber a vacina – 10,3 milhões de cabeça -, obrigatória para animais de zero a 24 meses. “O objetivo da campanha sempre foi alcançar o máximo de eficiência, chegando a 100% de vacinação”, afirmou o presidente do Indea, acrescentando que a Secretaria de Desenvolvimento Rural não mediu esforços para atingir esta meta.

“Mantemos todas as estratégias normais das etapas de vacinação. O que vai nos dar garantia é a vacinação do rebanho”, salientou.

Detentor do maior rebanho bovino comercial do país, com cerca de 26 milhões de cabeças, Mato Grosso está há 12 anos sem registrar focos de febre aftosa em seu rebanho. O último caso da doença foi identificado em 16 de janeiro de 96, no município de Colíder (650 Km ao Norte de Cuiabá).

Mais que garantir o controle do o rebanho, Mato Grosso quer credenciar todos os municípios a exportar carne. “Vamos procurar mostrar que Mato Grosso está fazendo sua parte, está cumprindo com sua obrigação. Nós queremos participar de outros mercados para vender nossos produtos para qualquer país do mundo”, afirma o presidente do Indea.

Mato Grosso retomou no final do mês passado o status de área livre de aftosa com vacinação pela OIE, mas, atualmente, 51% dos municípios mato-grossenses não estão habilitados a exportar carne in natura para a União Européia (EU) devido à “zona tampão” estabelecida pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), que excluiu um rebanho de cerca de 14 milhões de cabeças do processo de exportação.
Diário de Cuiabá

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