2007-02-13 07:00:00
O governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, anunciou no sábado (10) para a imprensa que os municípios de Eldorado, Mundo Novo e Japorã são Área de Proteção e Vigilância Epidemiológica. Através dessa decisão, o governo tenta recuperar o status de Área Livre de Febre Aftosa com Vacinação concedida pela OIE (Organização Mundial de Saúde Animal). A decisão da entidade deve ocorrer em maio.
Antes da decisão, uma missão deve vir a Mato Grosso do Sul verificar se as ações da defesa sanitária animal apresentadas dia 29 de janeiro, em Paris, na reunião técnica da OIE estão sendo cumpridas. Entre elas, está a vacinação dos bovinos e bubalinos até 12 meses em 14 municípios fronteiriços e o aumento das barreiras sanitárias fixas e móveis.
Nota Técnica – A decisão de estabelecer uma Área de Proteção e Vigilância Epidemiológica no Estado veio depois da Nota Técnica apresentada pelos representantes do Minisério da Agricultura, o secretário de Defesa Agropecuário, Gabriel Maciel, e o diretor do Departamento de Saúde Animal, Jamil Gomes de Souza.
Na nota apresentada no último dia 7, o diretor do Departamento de Saúde Animal mostra que apenas os municípios – Eldorado, Mundo Novo e Japorã – “trazem ainda aumento significativos de reatividade em unidades primárias de amostragem”. Nos demais municípios, nas propriedades localizadas ao longo da fronteira com o Paraguai não foram identificadas reatividades.
Eldorado, Mundo Novo e Japorã foram os municípios com casos registrados de febre aftosa em outubro de 2005.
União das classes
Desde que o governador, André Puccinelli, assumiu, o governo tenta aliar suas decisões com menos prejuízos ao setor produtivo. Na avaliação do presidente da Famasul, Ademar Silva Júnior, a conversa entre governo e produtores rurais é satisfatória.
"A Famasul está fazendo de tudo para que os produtores rurais desses municípios não sejam prejudicados. O produtor do Estado precisa voltar a exportar", frisa, comunicando que as ações tomadas precisam dar tranqüilidade ao mercado e ao pecuarista.
Conforme anunciou o governador, os municípios afetados com a criação da Área de Proteção terão compensações que vão da isenção de ICMS para os frigoríficos locais e incentivos ao abate nos municípios. Todo gado daquela região deverá ser abatido, desossado e maturado para a comercialização, inclusive com outros países. "Os incentivos serão apenas para a carne processada nesses frigoríficos", explicou Puccinelli. Já o trânsito em pé desses animais fica restrito apenas para os três municípios.
Também será feita uma varredura (sorologia) mensalmente e qualquer suspeita da doença, o animal será abatido no frigorífico para o consumo interno dessa carne.