2008-05-31 08:09:00
O mercado do boi gordo fecha o mês de maio com dificuldades dos frigoríficos em fazer as escalas de abates e batida do recorde na cotação, que chega a R$ 81 nas praças de Iguatemi e de Naviraí. Mesmo assim, não há perspectiva de melhoria na oferta de gado e o mercado futuro projeta o valor de R$ 94 para cada arroba.
O Frialto (antigo Bom Charque, de Iguatemi) e o Bertin (Naviraí) tiveram que major o valor pagar ao produtor, para o cumprimento de escalas até quarta-feira, mas segundo o corretor Claudemir Liutti, é um estímulo paliativo. Ele acredita que durante todo o ano de 2008, deve haver a falta de animais, pois o gado de reposição continua em falta e tem que se esperar a crescimento de uma nova geração de bezerros, cujo preço em dois meses, subiu de R$ 600 para R$ 700.
Segundo Liutti, “hoje quem dita o preço é o pecuarista”. Para o presidente do Sindicato Rural de Naviraí, Luiz Miguel Viero, “isto é bom para o invernista, que precisava repor o investimento feito na sua propriedade, pois os produtores estavam descapitalizados”.
Liutti afirma que está havendo muita exportação e acredita que a situação para os frigoríficos deve piorar. “Se ainda nem saiu a liberação de área livre a coisa já está deste jeito, imagina como vai ser após agosto”. Ele acredita que os pecuaristas serão disputados pelo mercado.
As condições de pastagem devem melhorar com as chuvas de quarta e quinta-feira, mas segundo Liutti, a invernada já está em boa condição e com a chegada do frio, o pasto não deve ter rebrota e o que pode crescer um pouco (se houver sol durante a semana) é a braquiária.
Em, Naviraí os pecuaristas estão surpresos porque acreditavam que haveria nesta época a cotação de R$ 75 por arroba.