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sexta-feira, 29 de março de 2024

Definido normas rígidas para pulverização nas lavouras

2008-05-21 11:12:00

O Ministério da Agricultura definiu, este ano, normas mais rígidas para a pulverização de agrotóxicos por aviões. A principal mudança está relacionada com a lavagem das aeronaves.

É uma batalha contra as pragas. Em apenas uma propriedade de dez mil hectares de soja, no sul de Mato Grosso, cerca de cem mil litros de agrotóxicos são usados a cada safra.

A pulverização não é permitida em áreas que ficam a menos de 500 metros de comunidades e 250 metros de rios usados para captação de água.

As regras do Ministério da Agricultura reforçam procedimentos de segurança para aeronaves, bem como o uso de equipamentos de proteção e cuidados com os produtos químicos e o destino das embalagens vazias.

A principal novidade é o investimento que as empresas de aviação agrícola terão que fazer para adequar os locais onde os aviões são lavados após a pulverização no campo.

Por enquanto, na lavagem dos aviões é exigido apenas que a água seja despejada numa caixa de contenção. O problema é que isso não elimina totalmente o risco dessa água contaminar o lençol freático. Por isso, a partir de janeiro do ano que vem as empresas terão que utilizar um equipamento que é capaz de desativar o veneno agrícola. Ele foi desenvolvido no interior de São Paulo por uma equipe coordenada pelo engenheiro agrônomo Marcos Vilela Monteiro.

“Hoje são 1,2 mil aviões em operação e nós temos que adotar procedimentos mais agressivos e mais precisos. Isso será o uso do ozônio", falou Monteiro.

O equipamento funciona como uma espécie de filtro. Estudos revelam que o ozônio destrói as moléculas do agrotóxico.

“O ozônio é um gás produzido pela descarga elétrica de cargas muito fortes, produzidas em um equipamento. O equipamento produz quatro gramas de ozônio por hora", completou Monteiro.

Em uma demonstração, o veneno é representando por um corante. O produto é misturado com a água e, depois de passar pelo sistema.

Empresários de aviação agrícola, como Adauto Neves, estão preocupados com o preço do equipamento. Dependendo do tamanho, pode chegar a R$ 20 mil. Isso sem contar os custos de manutenção.

“Mesmo com o preço, a gente vai procurar comprar e estar dentro das normas o mais rápido possível", falou Neves.

A demonstração é acompanhada por fiscais agropecuários de Mato
Grosso, Brasília, Tocantins, Pará e Piauí.

"Quem não respeitar as legislações, como a legislação nos dá essa autoridade, pode sofrer suspensão do registro do produtor, da empresa ou até chegar a multa e cassação do registro”, avisou Paulo Parente, fiscal agropecuário.

As multas podem chegar a cinco mil reais.
Globo Rural

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