2008-04-10 12:24:00
Os grandes produtores rurais do país poderão parcelar seus débitos já inscritos em dívida ativa da União em até cinco anos, com descontos ainda não definidos. Existe também a possibilidade de estender esse prazo para dez anos.
A informação é do deputado federal Waldemir Moka, porta-voz dos ruralistas em Mato Grosso do Sul.Moka, que participou ontem à noite de reunião com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, informa que ficou acertado ainda que o produtor poderá pagar somente 40% da parcela das dívidas de investimento a vencer neste ano. Os 60% restantes irão se somar ao saldo devedor, cujo pagamento deverá ser feito em cinco prestações anuais, a partir de 2009.
O deputado disse que estão praticamente fechados os pontos relacionados à redução da taxa de juros para custeio prorrogados e investimentos. Nos custeios, as taxas cairão de 8,75% para 6,75%. Os juros dos empréstimos feitos com recursos livres, que variam de 14 a 21%, cairão para 10,5%. Já o FAT Giro Rural, atualmente com juros médios de 10,25% ao ano, será reduzido para 9,25%, podendo chegar a 8,75% com bônus de adimplência.
Segundo Moka, o governo está sensível às reivindicações dos produtores, razão pela qual espera que as negociações sejam concluídas até a próxima terça-feira, quando deverá ser editada medida provisória com todas as medidas acertadas pelo setor com o governo.
O deputado diz, no entanto, que os representantes dos produtores na Câmara ainda vão tentar melhorar alguns pontos da proposta, como a ampliação dos prazos de carência. “Plantar hoje no Brasil tem um custo bastante alto. Por isso, é preciso implementar uma política definitiva para o setor, o que acabaria com esse desgaste a que se submetem o setor, o governo e o Legislativo todos os anos”, justiça o parlamentar.