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sábado, 20 de abril de 2024

BB libera operações de custeio da próxima safra

2008-04-05 13:27:00

Rompendo com uma longa tradição, o Banco do Brasil anunciou, na quarta-feira (02-04), a liberação das operações de custeio da próxima safra agrícola. Antes, o banco começava com o chamado financiamento de pré-custeio, voltado para a aquisição de insumos, e apenas no segundo semestre complementava o financiamento da safra com a liberação das operações de custeio.


“Essa mudança facilitará muito a vida do produtor, que agora não assinará uma única cédula, não tendo mais que se preocupar com dois processos”, explica o gerente de Mercado do Agronegócio do Banco do Brasil, Romes Oliveira Alves.


A Superintendência Estadual do Banco do Brasil em Goiás esclarece que não há determinação de um montante de recursos para cada Estado e que o fluxo de financiamento dependerá da própria demanda. “Nossa expectativa é de que na safra 2008/2009 possamos superar a marca de R$ 1,2 bilhão aplicados no ano passado”, diz o gerente de Mercado do Agronegócio.


Segundo ele, este ano o banco também dará um enfoque especial aos financiamentos para a agropecuária, num esforço de maior aproximação com o segmento.


O presidente da Comissão de Grãos da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás (Faeg), Alécio Maróstica, diz que promoverá reunião na sede da entidade, na próxima sexta-feira, para discutir a questão do acesso do produtor ao crédito rural.


“Nossa preocupação é que o financiamento pelo Banco do Brasil encolha cada fez mais, devido à inadimplência do produtor. Na região de Cristalina, por exemplo, o banco financiou apenas cerca de 15% da área plantada na safra passada, ou 40 mil dos mais de 300 mil hectares cultivados”, diz Alécio Maróstica.


O mais inacreditável, segundo ele, é que as empresas multinacionais do setor agrícola se dispuseram a financiar os produtores que tinham pendências de safras anteriores. “Isso foi bom, já que permitiu que muitos produtores continuassem na atividade, mas preocupa porque sabemos que as trades têm seus negócios voltados para a exportação e, na medida em que aumentam o seu peso no financiamento da agricultura, deixam o País à mercê de um possível desabastecimento em caso de frustração de safra”, pondera o dirigente da Faeg.


Romes Oliveira Alves esclarece, entretanto, que mesmo os produtores com dívidas para com o Banco do Brasil podem procurar uma das agência da instituição e apresentar sua proposta de financiamento. Ele argumenta que o processo tem o trâmite de alguns dias, tempo em que provavelmente estará sendo fechado o acordo entre o Executivo e o Congresso Nacional para o refinanciamento das dívidas.


“Antecipando o pedido de crédito, quando a questão do endividamento for resolvida, o produtor já estará com o seu processo praticamente finalizado”, diz o gerente.

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