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quinta-feira, 28 de março de 2024

Ferrugem já fez 786 focos nas lavouras de soja

2008-02-06 17:47:00

A ferrugem asiática já atacou 786 lavouras de soja nesta safra em todo o País. A quantidade de focos ultrapassou o total registrado na safra anterior (2006/07), quando foram detectados 662 casos. Por enquanto, a maior incidência da doença foi verificada no Mato Grosso do Sul, onde foram registrados 365 focos. Em seguida, o maior número de casos está no Paraná, com 309, em Goiás (47) e Rio Grande do Sul (37).

Apesar do aumento da incidência da doença, para pesquisadores da Embrapa Soja as comparações devem ser evitadas porque técnicos e produtores rurais estão mais atentos quanto ao monitoramento da ferrugem. Mas, apesar desta evolução, ainda podem haver subnotificações uma vez que os focos são informados pelos parceiros do Consórcio Antiferrugem (parceria público privada no combate à ferrugem) e, eventualmente, alguns registros podem não ocorrer.

Em Londrina, segundo dados do consórcio, até agora foram verificados dois focos em lavouras semeadas na primeira quinzena de outubro e na primeira quinzena de novembro. A pesquisadora da Embrapa Soja Claudine Seixas explica que a umidade é o fator mais limitante para a incidência da doença, condição climática bastante favorável no mês passado. No entanto, ela avalia que a doença tenha sido controlada, uma vez que produtores rurais da Região Oeste do Paraná afirmaram ter feito uma aplicação de fungicida de combate à ferrugem.

Segundo a pesquisadora, a maioria dos produtores acredita que seriam necessárias somente duas aplicações durante esta safra. O período mais crítico para a incidência da ferrugem é a época de formação e enchimento dos grãos. "Ter um foco não necessariamente significa perdas. Se a doença for detectada no início há mais chances de a doença ser controlada e os produtores, no geral, estão mais preparados para identificar a ferrugem", afirma Claudine.

Ela explica que o fungo da ferrugem asiática é dissemido pelo vento. A umidade favorece o desenvolvimento da doença. "O fungo necessita de seis horas de molhamento folear (como orvalho ou chuva) para iniciar o seu desenvolvimento", comenta. O fungo provoca a queda das folhas da planta, provocando a queda da produtividade. Isso ocorre porque as folhas captam a luz solar, que será transformada em "energia", utilizada para encher as vagens.

No Paraná, segundo dados do Departamento de Economia Rural da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, a área plantada de soja é de 3.910 milhões de hectares. A produção esperada é 11.880 milhões de toneladas, com uma produtividade média de 3 mil quilos por hectare. A colheita deverá ter início em meados deste mês e será concluída em maio.
Fernanda Mazzini

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