2008-01-29 09:44:00
Sérgio da Luz
A cooperativa Coamo realizou na manhã de ontem, 06, na ARCAM (Associação Recreativa dos Funcionários da Coamo) a primeira “Reunião de Campo” do ano. A reunião contou com a presença do presidente da cooperativa, José Aroldo Galassini, que repassou informações sobre o funcionamento e as políticas de trabalho da cooperativa, novidades, expectativas, valores, produções e cuidados na comercialização das produções 2007/2008 e safrinha.
Cerca de 80 cooperados estiverem presentes na reunião, onde entre os diversos assuntos tratados, Galassini comparou os rendimentos atuais com os anos anteriores, destacando os devidos cuidados que os produtores devem tomar com suas produções, principalmente nos momentos de entregar a safra.
Tem como objetivo acompanhar os produtores repassando informações necessárias para se ter um bom rendimento em suas produções. “Também buscamos com a ‘Reunião de Campo’ integrar a cooperativa, aproximando os cooperados da diretoria”, disse Galassini.
A primeira reunião realizada no início do ano, repassou informações sobre as tendências de mercado e o melhor momento de entregar a produção. No meio do ano, mês de agosto, a segundo reunião repassará informações para o plantio, tendo em vista o início do plantio da próxima safra.
Após a reunião realizada em Amambai, o presidente da cooperativa seguiu para mais três reuniões, nas cidades de Aral Moreira, Laguna Caarapã e Caarapó.
O prefeito de Amambai, Sérgio Barbosa esteve presente no evento.
“Estamos em uma safra felizmente boa”, diz presidente da Coamo
O presidente da Coamo, em visita a Amambai, concedeu uma entrevista ao jornal A Gazeta e diz estar muito confiante para a safra 2007/2008. Boa produtividade, aliada ao melhor preço dos últimos 35 anos, além do pouco estoque internacional, faz desta uma safra, uma safra “especial”. Confira a entrevista:
A Gazeta: Qual é a expectativa para a safra 2007/2008?
Galassini: Estamos em uma safra, felizmente muito boa; o milho já está garantido, fora de risco de eventos climáticos; e temos a soja, que também está muito boa. Aqui no Mato Grosso do Sul, nós andamos alguns quilômetros e vimos que toda a soja está boa, choveu muito bem, então a expectativa é de boa safra; tem que chover mais ainda para não perder, como no ano passado, que em fevereiro parou de chover, aí perde um pouco. Mas está caminhando bem, tomara que vá assim até o final.
A gazeta: Qual é expectativa com relação aos preços?
Galassini: A expectativa de preços é das melhores; nós estamos aí com mais ou menos 23 dólares a saca, coisa que não vimos nos últimos 35 anos; os preços estão bons, os estoque mundiais estão meio baixos, os preços estão se mantendo, a produção de etanol nos EUA puxou o preço da soja, devido ao álcool de milho. Os estoques mundiais estão bem abaixo do ano passado, porque o Estados Unidos plantou menos e colheu menos. Então o consumo mundial aumentou e temos bom preço hoje, na “boca da safra”, e se isso se manter, nós teremos uma grande safra, com grandes preços; isso é muito bom porque os agricultores de modo geral, perderam muito na produção 2004, 2005, 2006 por frustação de safra e por preço. Então temos uma expectativa boa, acho que os agricultores, cooperados da Coamo, vão ter uma safra realmente boa e com bons preços também.
A Gazeta: O que é a “Reunião de Campo”?
Galassini: Na reunião falamos sobre a assembléia, sobre os resultados que foram muito bons o ano passado; já devolvemos uma sobra em dezembro, vamos devolver uma grande parte da sobra, agora em fevereiro, em ocasião da assembléia. De maneira que essa reunião teve uma grande participação do quadro de associados, na região de Amambai e a gente fica satisfeito porque o momento é bom para a agricultura, com bons resultados, se Deus quiser.
A Gazeta:Há alguma preocupação com a chegada de tantas usinas no estado?
Galassini: Eu acho que a cana é uma atividade agrícola e onde ela vai entrando elimina lavoura, pastagem… é uma renda também. Mas aquela euforia toda, do álcool, que teve no começo, centenas de usinas, a coisa parece que deu uma freada, porque o preço do álcool caiu muito e aquela expectativa de exportação não ocorreu. Muito projetos estão parados e, talvez, não vão ocorrer. Aqui na região nós temos o mapeamento do estado e as usinas entrariam em regiões de nem têm tanta soja, em regiões de pastagem, e atingiria regiões onde a Coamo não está. Não seria uma preocupação, seria bom que viesse outra atividade, para ter uma diversificação de renda, soja, cana, milho, outros produtos. Mas deu uma freada na expansão das usinas de cana, por causa, principalmente dos preços que caíram muito e não houve aquele expectativa de exportação que eles tinham. Mas eu acho que não teria nenhum problema, essas coisas vão vindo, né?! E vão se adaptando; o importante é ter uma diversificação de renda, que o agricultor possa optar, seja soja, gado, cana, onde ele quiser.
A Gazeta:Há a possibilidade de aumentar as unidades da cooperativa no estado?
Galassini: Nós temos essas unidades (Amambai, Laguna Caarapã e Caarapó), adquirimos mais duas
