2019-01-08 17:54:00
Vilson Nascimento
Por conta do atraso no plantio devido as chuvas, grande parte das lavouras ainda estão em fase de amadurecimento do grão em Amambai e toda a região, mas já a caso de produtores que conseguiram plantar mais cedo já estão colhendo a soja da safra 2018/2019.
Chuva em excesso que atrapalhou o plantio e seca no período de desenvolvimento da planta e da formação do grão, aliado ao um forte calor, as lavouras apresentaram queda de produtividade.
As perdas variaram de região por região e de lavoura para lavoura. Alguns produtores acumularam perdas maiores, mas outros, que plantaram um pouco mais tarde, acabaram beneficiados pela chuva que voltou a cair a partir da segunda quinzena do mês de dezembro e as perdas foram amenizadas.
A reportagem do grupo A Gazeta acompanhou na sexta-feira passada, 4 de janeiro, a colheita de uma área plantada na região de Coronel Sapucaia.
Enquanto a produção média na safra 2017/2018 na região variou entre 50 e 60 sacas por hectares e Amambai atingiu a média recorde de 64 sacas/há, o produtor em Coronel Sapucaia estava colhendo na sexta-feira uma média de 15 sacas/há e, segundo ele, dez sacas/há seriam destinadas para pagar o arrendamento da terra.
O produtor rural disse ter acionado o seguro para não ficar no vermelho e espera obter lucro em outras duas áreas plantadas mais tarde, uma na divisa com o município de Amambai e outra em território paraguaio, onde as lavouras foram menos afetadas pela estiagem prolongada.
Na área em questão, o produtor retirava a soja com a colheitadeira a frente e já preparava o solo para plantio do milho safrinha, que segundo ele será plantado em consórcio com capim braquiária.
De acordo com o produtor rural a aposta é que a braquiária, como forrageira, ajude a proteger o solo e manter a umidade por mais tempo em caso de uma nova seca no período de cultivo do milho de segunda safra.