2018-11-03 18:46:00
Vilson Nascimento
Apesar do grande volume de chuva que caiu na região, o produtor rural soube aproveitar os momentos de estiagem e o plantio da safra 2018/2019 está praticamente concluído em Amambai e em Aral Moreira.
Em Amambai estima-se que mais de 90% da área destinada a safra de verão já tenha sido plantada.
Em Aral Moreira, segundo o presidente do Sindicato Rural local, Edson Bastos, cerca de 95% do plantio já foi concluído.
Nos dois municípios, apesar de também ser período aberto para o plantio do milho pelo zoneamento agrícola, quase a totalidade da área destinada a lavoura foi plantada com soja, como ocorre todos os anos.
Segundo o produtor rural e presidente da Coopersa (Cooperativa Agroindustrial Amambai), Erny da Silva Agostini, na safra de verão o produtor rural opta por investir na soja tendo em vista o alto custo de produção do milho, que se iguala ou chega a ser maior que o da oleaginosa e a soja é bem superior do que diz respeito a rentabilidade financeira.
Erny já concluiu o plantio de sua lavoura, mas ressaltou que, por causa das chuvas intensas, tem localidades que o plantio chegou a atrasar cerca de quinze dias ou teve que replantar áreas, fator que pode surtir reflexo com alguma redução no plantio do milho safrinha, cultura de inverno predominante no início do ano em toda a região.
O produtor rural Diogo Peixoto da Luz concluiu o plantio de sua lavoura na noite da segunda-feira, dia 29 e está otimista em relação a produtividade.
Segundo ele na região de sua propriedade as lavouras estão se desenvolve bem e quem ainda não concluiu está por concluir o plantio.
Em algumas áreas, tanto em Amambai como em Aral Moreira, segundo o presidente do Sindicato Rural daquele município, o produtor, principalmente em área de plantio convencional, ou seja, em terra arada, teve que realizar o replantio de parte da lavoura, tendo em vista danos provocados pelo grande volume de chuva que caiu na região do início de outubro para cá.
Preço é preocupação
O produtor rural Christiano da Silva Bortolotto, que também já concluiu o plantio de sua área em Amambai, também tem perspectiva de produtividade, mas devido a instabilidade do mercado, a preocupação, segundo ele, está em relação ao preço da saca de soja lá no perídio da colheita.
Segundo Christiano em média o custo de produção está mais elevado, reflexo dos efeitos da chuva nas estradas e nas lavouras, elevando ainda mais para quem precisou fazer replantio e o mercado não vem oferecendo perspectivas tão otimista em relação a valorização do grão no Brasil.