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quinta-feira, 25 de abril de 2024

MS terá comitê de combate à ferrugem da soja

2008-01-05 07:05:00

O governo do Estado, por meio da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), pretende criar em até 30 dias o 1º Comitê Estadual de Controle da Ferrugem Asiática da Soja. A criação do comitê consultivo, atende a política estadual de controle a doença e ao Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS), estabelecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Iagro registra 98 focos de ferrugem asiática em todo Estado- Segundo a gestora de defesa sanitária vegetal da Iagro, Glaucy Ortiz, o órgão já encaminhou ofício às instituições que devem compor o colegiado para que até o dia 14 janeiro possam ser indicados os titulares e suplentes que irão compor o comitê. “Esperamos convocar para fevereiro a primeira reunião do comitê, quando será votado e aprovado seu regimento interno e definida a inclusão de novas instituições ou a exclusão”, explicou.

Dentre as instituições convidadas a compor o órgão consultivo, estão: Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur), Superintendência Federal de Agricultura (SFA), Federação de Agricultura e Pecuária do Estado (Famasul), Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados), Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB/MS), Fundação MS, Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea), Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), Fundação Chapadão e um representante da Iagro.

Glaucy enfatiza que embora o Comitê não tenha poderes para deliberar ações, terá grande importância na elaboração de novas medidas de combate a ferrugem no Estado. “Terá um importante papel de auxílio nas medidas de combate a doença, como comitê consultivo”, destaca.

Sem sensacionalismo – Uma das grandes preocupações dos produtores, pesquisadores e membros dos órgãos públicos de combate a ferrugem, é que as informações sobre a ferrugem possam ser observadas superficialmente. Para o fiscal agropecuário federal da SFA/MS, Humberto Fernandes Pregelli, que acompanha as pragas vegetais e as ações de controle, desde 1992 quando a praga chegou pela primeira vez no Estado, em Chapadão do Sul, o assunto não pode ser abordado pela ótica “sensacionalista”. Ele demonstra que é preciso ir além da divulgação de números de novos focos, como se em outras áreas produtivas do Estado não existisse o problema.

“Acredito que a ferrugem esteja permeada por todas as regiões produtoras do Estado, e toda a área plantada terá problemas com a ferrugem”, revela, lembrando que isto não é novidade nenhuma para o produtor rural.

Pregelli lembra que diferente do que ocorreu nos primeiros anos em que a doença atacou as lavouras do Estado, agora, produtores, pesquisadores e técnicos, já dominam as ferramentas necessárias para o seu controle. No entanto, diferente do que ocorria antes, quando o produtor jogava a semente na terra e saia para suas merecidas férias, agora terá que deixar a praia para outra época. “Ele não pode tirar os olhos da lavoura”, alerta. “Ele tem que ficar atendo, se não controlar, a ferrugem pode ter um crescimento muito rápido e, com certeza, trará grandes prejuízos”, afirma.

Contudo, hoje em dia, a praga não é mais nengum bicho papão. Tanto que o próprio Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a considera como uma “doença da produção”, ou seja, que já é de domínio e controle geral, ao contrário do que ocorreu há 16 anos quando estava chegando no Estado.

“Hoje ela é uma doença que o produtor mesmo identifica, nem mais manda para os laboratórios de analises. Nós mesmo nem mais recebemos as folhas para identificação, o agricultor identifica na fazenda mesmo e até tem comprado o herbicida antes do surgimento da praga, mas, claro, sua abrangência e impacto sempre irão depender das condições particulares de cada região, ou seja, de onde a ferrugem poderá encontrar mais umidade, facilitando seu processo de disseminação”, explica.

Para o fiscal da SFA/MS, até que a pesquisa possa criar uma variedade resistente à praga que “veio para ficar”, o produtor terá que “conviver” com o fungo e procurar controlar sua propagação. E neste sentido, o comitê estadual de combate a ferrugem será uma excelente ferramenta, principalmente para as novas ações de controle. “Enquanto não é criada uma variedade resistente ao fungo e produtiva, o produtor precisa ficar atendo, pulverizar a soja no momento exato”, conclui

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