2018-06-15 13:02:00
O cientista Joseph Byrun, chefe de dados do Principal Financial Group, acredita que a tecnologia da agricultura deve ser modelada a partir do personagem de histórias em quadrinhos e filmes Homem de Ferro. Byrun acumula formações acadêmicas e trabalhou por onze anos na empresa Syngenta, mais recentemente como chefe global de desenvolvimento de produtos e chefe de ciências quantitativas.
Na história da Marvel, criadora do Homem de Ferro, o bilionário Tony Stark veste uma armadura de metal que lhe dá inúmeros poderes. Tal traje é controlado pela inteligência artificial (AI) Jarvis, que comanda tudo de um servidor na sede das Indústrias Stark, sendo que é Jarvis quem dita quais são as condições de ambiente e da armadura, bem como as probabilidades das ações tomadas darem certo ou não, cabendo a Stark apenas fazer a melhor escolha baseada nas informações prestadas pela AI.
De acordo com Byrun, esse é o princípio que deve ser seguido na área agrícola, com uma AI mantendo o produtor informado sobre todas as condições necessárias para uma boa safra. "Mas e se agricultores individuais pudessem ter essa experiência e colocá-la no bolso? Seria como se Jarvis lhes contasse o que precisa ser feito para maximizar a chance de ter uma boa colheita", indaga.
O cientista explica que o sistema colocaria o conhecimento especializado dos melhores agrônomos do mundo na tela do agricultor, sem que ele dependesse de intermediários como cooperativas e fornecedores de sementes. "Isso nos mostra que é possível combinar homem e máquina de uma maneira que permita que ambos alcancem mais juntos do que poderiam. Este é o modelo que pode realmente levar a agricultura para a próxima era de produtividade", comenta.
Além da diversidade de informações prestadas, a alternativa também permitiria que o algoritmo programasse o equipamento de campo para implantar a quantidade certa de sementes e adubos na lavoura, evitando desperdícios para o agricultor. "Tal ferramenta nunca poderia ser tão legal quanto um traje blindado que pode voar, mas a capacidade de superar a concorrência através da ciência é a única superpotência que a maioria dos agricultores precisará", finaliza.