2017-12-30 04:01:00
Um insólito projeto de lei está provocando polêmica em São Paulo: de autoria do deputado estadual Feliciano Filho (PSC), a iniciativa proíbe a venda (ou fornecimento) de carne em restaurantes, bares, lanchonetes e refeitórios e similares localizados dentro de órgãos públicos do Estado às segundas-feiras. A pena é de multa de R$ 7,5 mil, sendo dobrada em caso de reincidência.
Aprovado na Assembleia Legislativa de São Paulo esta semana, o Projeto de Lei de 2016 estipula ainda que os estabelecimentos devem deixar expostas, em locais visíveis, placas sugerindo alternativas ao consumo de carne. Para se tornar oficial, o texto agora será enviado para sanção do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que pode aprová-lo na íntegra, vetar toda ou parte da matéria.
Para justificar seu projeto de lei, Feliciano Filho afirma que sua a ideia era chamar a atenção para o “as consequências do consumo de carne e de seus derivados, relacionando tal questão diretamente aos direitos dos animais, à crise ambiental, ao aquecimento global, à perda de biodiversidade, às mudanças climáticas e às diversas doenças que afligem a população humana, incluindo doenças cardiovasculares, doenças crônicas degenerativas, colesterol elevado, diversos tipos de câncer e diabetes”.
O curioso é que o mesmo deputado foi processado pelo Ministério Público no ano de 2014 por maus-tratos a animais em sua ONG Unidade Protetora dos Animais (UPA). “Lá encontraram 40 animais mantidos em situação de negligência e maus tratos sob os cuidados do caseiro e de sua família”, acusava a ação da procuradoria à época.
