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sexta-feira, 29 de março de 2024

Vacinação estratégica na fronteira ajudará a recuperar o status sanitário

2007-01-21 03:04:00

Mato Grosso do Sul vai desencadear uma operação de guerra na tentativa de recuperar o status de área livre de febre aftosa com vacinação. A condição de sanidade é apontada como prioridade número um do governo Estadual. A mais importante medida prevê a retomada da vacinação de parte do rebanho de 0 a 12 meses nas propriedades da região de fronteira com o Paraguai durante o mês de fevereiro. Para colocar em prática operação, está sendo organizado um esforço que envolve o Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento, governo do Estado, Prefeituras e produtores rurais dos dois lados da fronteira.Junto com a vacinação estratégica, outras ações estão em curso: vigilância ostensiva feita por três equipes (número que deve aumentar); recadastramento das propriedades rurais nos 14 municípios, sendo que em Mundo Novo o trabalho já está concluído; elaboração de uma legislação sanitária animal e vegetal.          CompromissoA secretária de Desenvolvimento Agrário, da Produção e do Turismo, Tereza Cristina Corrêa da Costa, reuniu hoje (18) na sede da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) representantes de todos os sindicatos rurais da região fronteiriça para apresentar o conjunto de medidas e informar que conseguiu do Ministério o compromisso de liberação, sem custo, de um milhão de doses de vacina contra aftosa para a vacinação de fevereiro. É preciso, agora, organizar o recebimento, distribuição e aplicação das doses, junto com um rigoroso esquema de controle e fiscalização. A vacinação extra não é uma antecipação das campanhas de maio e novembro, que vão ocorrer normalmente.  "Há 16 meses estamos sofrendo com problemas econômicos gerados pelo registro de focos de aftosa no Estado?, lembrou. "Vem aí um relatório duro da OIE (Organização Internacional de Epizootias), e precisamos mostrar que estão sendo feitas ações concretas". No dia 30 de janeiro está prevista uma reunião do Ministério com técnicos da OIE, quando será apresentado o primeiro relatório relativo à avaliação feita pelo órgão internacional após os últimos registros de aftosa no Estado. O Governo Federal, o Governo de Mato Grosso do Sul e os produtores pretendem contrapor as previsíveis avaliações negativas do relatório com a demonstração de ações de recuperação da sanidade. A iniciativa e as negociações para desencadear a operação têm a participação direta do presidente do Conselho Extraordinário de Relações Nacionais e Internacionais para o Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso do Sul, Pratini de Moraes. A recuperação do status sanitário é o principal item na fase inicial de atuação do Conselho, criado pelo governador André Puccinelli.DoaçãoA execução de uma campanha de vacinação do rebanho de 0 a 12 meses durante o mês de fevereiro é a principal medida a ser adotada. Para evitar custo adicional ao produtor, o governo do Estado buscou junto ao Ministério a doação das vacinas. Um milhão de doses serão disponibilizadas. A quantidade é mais do que suficiente para o rebanho dos 14 municípios da zona de fronteira. Segundo o diretor da Iagro, Roberto Bacha, são cerca de 826 mil animais com até um ano de idade. Ele ressaltou, no entanto, que os animais sentinelas colocados nessas propriedades não devem ser vacinados, mesmo que estejam na idade de 0 a 12 meses, porque vão ter material colhido para análise posterior. A Iagro vai executar a vacinação nos assentamentos e colônias indígenas, onde estão cerca de 17 mil bezerros. Para garantir o sucesso da vacinação nas demais propriedades, a Seprotur pediu o empenho dos sindicatos rurais na mobilização dos criadores e no acompanhamento da aplicação da vacina. O Conselho Regional de Medicina Veterinária se dispôs a integrar a força-tarefa e buscar participação de estudantes de veterinária. O Superintendente Federal de Agricultura em Mato Grosso do Sul, Orlando Baez, esteve na reunião na Famasul e confirmou a disposição do ministro da Agricultura no enfrentamento das causas que comprometem o status sanitário do Estado. Participaram também do encontro o presidente da associação dos criadores do Estado e representantes de sindicatos rurais de Porto Murtinho, Caracol, Bela Vista, Antônio João, Ponta Porã, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Paranhos, Sete Quedas, Tacuru, Japorã, Mundo Novo, Eldorado, Iguatemi, Amambai e Corumbá.

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