2017-12-20 04:32:00
Vilson Nascimento
Se por um lado beneficia algumas culturas como a soja, por exemplo, o sol escaldante dessa época do ano também é um veneno para algumas plantas.
A muda da erva mate recém-plantada é uma delas, segundo a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).
Pedro Nunes da Silva é proprietário do sítio Vó Honorina, situado no Loteamento Querência, distante cerca de 25 quilômetros da cidade, em Amambai.
Ele decidiu investir na erva mate como opção de sustentabilidade e quer chegar a 9 mil pés plantados.
Hoje ele tem em sua propriedades 1.800 pés de erva, mas tinha uma preocupação; como proteger as mudas do sol intenso.
O produtor rural foi buscar informações na própria Embrapa e adotou uma técnica que segundo ele, vem surtindo efeito melhor que o esperado, o plantio de “feijão-guandu taipeiro” para servir como sobra.
A espécie de feijão, que é rica em proteína e indicada para misturar à silagens para animais, também é comestível e quando retirado serve de foragem para proteger o solo.
“Encontrei no feijão-guandu taipeiro a sombra ideal para proteger o erval”, disse Pedro Nunes ao informar que quando seu erval se desenvolver mais e já estiver gerando sombra, ele pretende trazer para seu sítio outra inovação para a agricultura familiar de Amambai, que é fazer o consórcio erva mate/stevia.
A stevia, segundo Pedro Nunes originaria do Paraguai, que é classificada como uma erva adoçante natural e apontada por pesquisas como benéfica à saúde e o “adoçante do futuro”.
Já em relação a erva mate, além da utilização para o tereré e o chimarrão, como todos já sabem, também é pontada como uma planta benéfica à saúde e agora vem ganhando força como matéria prima para a indústria.
Entre os produtos industrializados que utilizam a erva mate como matéria prima estão chás, sorvetes, biscoitos, geleias, xampus e sabonetes, por exemplo.