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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Zoneamento agrícola é garantia para o produtor

2007-11-19 09:23:00

Para quem ainda não começou o cultivo da soja, ainda há tempo para escolher a semente adequada, seguindo o zoneamento agrícola para a cultura no estado de Mato Grosso do Sul, safra 2007/2008, aprovado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

As recomendações do zoneamento identificam as áreas aptas para cultivo e épocas adequadas para semeadura, permitindo a redução dos riscos climáticos, como déficit hídrico e temperaturas elevadas e ameniza as possíveis perdas com rendimento de grãos.

Para o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, Carlos Lasaro, “o zoneamento agrícola atualmente possui maior importância em função da nova dinâmica de normatização do crédito e seguro agrícola implementados pelo Banco Central do Brasil que restringe o enquadramento no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), a empreendimentos conduzidos na área de abrangência e sob as condições do zoneamento agrícola. Ou seja, para que os agricultores consigam recursos nos bancos para custear a safra e tenham direito ao seguro agrícola é necessário que as culturas estejam devidamente inseridas no zoneamento agrícola do ano correspondente ao início da safra agrícola.

Quanto às cultivares indicadas para o Estado, a Embrapa coloca à disposição dos produtores novas referências. Com ciclo precoce e recomendadas à região sul de MS, BRS 232 (convencional), BRS 243RR e BRS 255RR (transgênicas) chegam para a safra 2007.

A BRS 232, conforme Lasaro, é moderamente resistente ao nematóide de galha (M. incognita), um problema corriqueiro e mais freqüente no Estado, e possui um excelente potencial produtivo nas regiões acima de 600 metros. Já as opções transgênicas possuem um ciclo total de 2 a 5 dias mais precoce que a BRS 232, sendo recomendadas, principalmente, em áreas com alta infestação de plantas invasoras. A BRS 255RR é menos exigente em fertilidade do que a BRS 243RR, podendo ser semeada em solos de média fertilidade.

De acordo com os técnicos da Embrapa, a 245RR tem sido a cultivar transgênica mais plantada em Mato Grosso do Sul, devido a sua estabilidade produtiva. Os produtores que optam por cultivares semitardias, a Empresa dispõe da BRS Charrua RR e BRS Pampa RR, também transgênicas.

O pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Carlos Lasaro, explica que na hora de escolher a semente de soja é preciso levar em consideração, além da sua inserção no zoneamento agrícola da região, características agronômicas desejáveis, tais como porte da planta, ciclo total, exigência de fertilidade, sensibilidade a veranicos e reação às principais doenças e nematóides. “Com esse levantamento em mãos, o agricultor poderá fazer um planejamento mais adequado da lavoura, de acordo com sua capacidade financeira, e escolher aquela semente que melhor atende sua realidade.

Atualmente a demanda dos produtores é por cultivares de soja de ciclo precoce, adaptadas a semeaduras antecipadas, resistentes à ferrugem asiática e nematóides e com excelente estabilidade de produção de grãos, pois assim poderá plantar o milho safrinha já no início de fevereiro. Eles plantam soja já pensando em colher o milho. Porém, essa demanda não é atendida por completo pelas cultivares disponíveis no mercado. É um dos principais objetivos do programa de melhoramento de soja da Embrapa – atender os anseios do mercado consumidor”.

O programa de melhoramento de soja da Embrapa atua dentro de um contexto multidisciplinar e trabalha em um sistema de parcerias com fundações privadas em todo o Brasil.

Em Mato Grosso do Sul, a Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados-MS) é parceira da Embrapa Soja, líder do programa nacional, trabalhando em conjunto com a Fundação Vegetal, no desenvolvimento de germoplasma mais adaptado às condições climáticas de MS, com o objetivo final de registrar e proteger novas cultivares para a região.

Lasaro conta que o programa possui então dois subprogramas de desenvolvimento de cultivares, um de genótipos convencionais e outro, transgênicos. “A estratégia da Embrapa é possuir um programa de desenvolvimento de cultivares convencionais forte, bem estruturado e seletivo, para então transferir os genes que conferem a transgenia aos materiais convencionais elites. Para a safra de 2007/2008 o programa possuirá seis locais de avaliação de linhagens e cultivares no Centro-Sul e três no Centro-Norte de MS, totalizando nove pontos de ensaios com diferenças de altitude, latitude, fertilidade de solo e tecnologias de manejo”, detalha.

A Embrapa Agropecuária Oeste e a Fundação Vegetal, segundo o pesquisador, acreditam que o Programa de Melhoramento de Soja no Estado de Mato Grosso do Sul é estratégico para o Estado e permitirá o desenvolvimento de cultivares mais estáveis e adaptadas à região.


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