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quinta-feira, 28 de março de 2024

Segurança Alimentar deve ser a plataforma do Brasil

2017-07-12 14:03:00

O ex-ministro Roberto Rodrigues lançou nesta terça-feira (11.07) o que chamou de “Uma Plataforma para o Brasil”. A proposta, apresentada durante o 3º Encontro de Produção de Soja em Terras Baixas do Sul do Brasil, é de que o País assuma sua posição de “campeão da Segurança Alimentar” mundial, com o engajamento de toda a sociedade.

 

 

A Plataforma engloba uma série de propostas, prioridades e ações para que o Brasil se torne referência mundial não só no agronegócio, mas em todas as áreas que envolvem a cadeia ‘antes e depois da porteira’. “Trata-se de uma mudança de atitude, no qual queremos que a população urbana não só entenda a importância, como também se sinta parte do projeto”, afirma Rodrigues.

“A Índia investiu e hoje é referência mundial em TI (tecnologia da informação), a China apostou em industrialização, a Itália em gastronomia, a França em cultura, a Noruega em esportes de inverno. Todos valorizaram sua vocação natural e seu histórico como sociedade. O Brasil deve criar um projeto para sermos ‘campeões em Segurança Alimentar’”, disse ele em entrevista exclusiva ao Agrolink.

O hoje coordenador do Centro de Agronegócio da FGV (Fundação Getulio Vargas) lembrou que a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) projeta que o mundo vai precisar aumentar sua produção alimentar em 20% até 2020 para abastecer a população mundial. De acordo com a entidade, para que essa meta seja atingida o Brasil precisa aumentar sua produção em nada menos que 40%.

 

 

“Não se trata de uma defesa do agronegócio, mas de uma Plataforma global, que envolve bases e cadeias em todos os segmentos. Tem a ver com o abastecimento interno com qualidade e preços compatíveis, utilizando tecnologia, insumos, educação, desburocratização, startups, inteligência e sustentabilidade”, explica Rodrigues.

 

Em outra frente, o ex-ministro aponta como foco a exportação – com melhores negociações, consolidação e abertura de novos mercados, agregação de valor, revisão do Mercosul, defesa sanitária. Também prioriza investimentos que melhores a infraestrutura e a logística.

Por fim, a terceira base tem a ver com a estabilização da renda rural, que segundo ele foi a base para o crescimento dos Estados Unidos e da Europa. “Os países desenvolvidos subsidiam seus produtores rurais para garantir que não haja fome. Sabem que agricultura é uma atividade que tem riscos que nenhuma outra tem”, sustenta.

 

 

Rodrigues defende ainda um acoplamento de crédito, seguro, preços de garantia, instrumentos para comercialização, expansão do cooperativismo e a popularização do acesso ao mercado futuro. Ele explica que isso precisa ser apoiado por políticas públicas, mas que cada pessoa deve contribuir dentro de suas possibilidades.

“O Brasil urbano ainda não tem orgulho do Brasil Rural. Muita gente ainda tem a visão errada do homem do campo da literatura de Monteiro Lobato, do Jeca Tatu, de que ‘plantando tudo dá’. Precisamos de uma nova postura, fora da marginalização, criar campanhas na qual se filiem todos os brasileiros”, conclui. Veja a entrevista:

 

 

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