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sexta-feira, 29 de março de 2024

Mapa pôs MS em segundo plano, diz presidente da Famasul

2007-11-01 22:06:00

Os representantes dos produtores rurais que participaram na tarde desta quinta-feira (1º de novembro) de reunião com técnicos da Iagro e da Superintendência Federal de Agricultura de Mato Grosso do Sul deixaram a sala de reuniões da Famasul sem as respostas que esperavam sobre dois temas que preocupam a categoria: a determinação do governo estadual que obriga a vacinação de todo o rebanho; e a instrução normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que cria uma zona de alta vigilância em 15 municípios da região de fronteira com o Paraguai.

As determinações da Iagro válidas para a área de vigilância na região de fronteira obrigam a vacinação de todos os bovinos, de mamando a caducando, entre 20 de novembro e 20 de dezembro deste ano. Porém, conforme o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado, Ademar da Silva Junior, não estabelece critérios para a movimentação dos animais até o dia em que terá início a vacinação.

“Os técnicos da Iagro não responderam sobre a movimentação do rebanho, como para quem precisa vender animais entre os dias 1º e 20 de novembro”, salientou. Silva Junior também apontou que a vacinação de todos os animais – e não mais de zero a 24 meses, como ocorria em outras campanhas – gerará um gasto adicional considerável aos produtores.

“Além dos problemas criados com a zona de alta vigilância, os produtores terão um custo maior para vacinar os rebanhos”, disse. Uma das alternativas cogitadas é solicitar ao governo que pague a vacinação dos animais com mais de 24 meses, como já ocorre com os produtores de assentamentos rurais. Sobre estes temas, a Famasul irá encaminhar ofício ao governo, “para que consigamos uma resposta em definitivo”.

Segundo plano – A reunião também contou com a presença do superintendente Federal de Agricultura no Estado, Orlando Baez, com quem se esperava debater o funcionamento da zona de alta vigilância. Porém, conforme declarou o responsável pela SFA ao site Campo Grande News, o órgão está agora concentrado na visita de uma missão da União Européia que chega no dia 11 de novembro Brasil. O tema só deverá ser discutido após o dia 20 deste mês.

“A preocupação do Ministério não é com Mato Grosso do Sul. Colocaram o Estado em segundo plano, pois estão mais preocupados com a presença de representantes da União Européia, que vêm analisar questões referentes à permanência do Brasil como exportador de carne”, disse o presidente da federação, ponderando que há dois anos os produtores do Estado passam por dificuldades.

Silva Junior avaliou que a visita da missão “não irá resolver os problemas do Estado, porque eles não vão recredenciar Mato Grosso do Sul como exportador”. Sobre a zona de vigilância, a Famasul pretende solicitar ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento que as sanções previstas aos produtores que desobedecerem as regras relativas à circulação de animais não sejam aplicadas.

A zona de alta vigilância compreende os municípios de Aral Moreira, Antônio João, Bela Vista, Caracol, Coronel Sapucaia, Eldorado, Itaquiraí, Iguatemi, Japorã, Mundo Novo, Paranhos, Ponta Porá, Porto Murtinho, Sete Quedas e Tacuru. Ao longo da fronteira paraguaia, haverá uma faixa de 15 km de cada lado, na qual serão aplicadas regras mais rigorosas para a atividade pecuária.

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