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quinta-feira, 28 de março de 2024

Além de cultural, guavira é fonte de renda para indígenas em Amambai

2016-12-20 06:47:00

Vilson Nascimento

Nessa época do ano, mais precisamente entre o início de novembro até o final do mês de dezembro, é o período auge da guavira.

Colher a fruta, que é nativa, típica do cerrado sul-mato-grossense e pertence a família das “Mirtáceas”, a mesma da goiaba, da jabuticaba e da pitanga, é uma tradição cultural que passa de geração para geração na região de Amambai.

É comum no curto período de produção da fruta silvestre, principalmente nos fins de semanas, famílias inteiras deixarem a cidade e se deslocarem para a zona rural do município para desafiar o “capitão do campo” e colher guavira.

A temida e agressiva cobra, que segundo os antigos faz a morada principalmente em cupins, gosta de se esconder sob os pés de guavira à espera de presas, principalmente insetos e pequenos animais que se aproximam para se alimentar das frutas maduras que caem do arbusto.

Dizem as pessoas mais antigas que, quando enfezado, o capitão do campo fica em posição quase que vertical e se equilibrando sobre apenas parte do corpo, corre atrás do alvo por longas distâncias.

Deixando a suposta lenda de lado, o que se tem de concreto sobre a guavira, que está ficando cada vez mais escassa por conta do avanço da pecuária e principalmente da agricultura, é que é uma fruta saborosa e rica em vitaminas.

Segundo o site G-1, em testes em laboratório de tecnologia de alimentos foi confirmado que a guavira tem mais vitamina C do que a laranja.

Em algumas espécies, foi encontrado, segundo a pesquisa, quase 20 vezes mais vitamina C do que a laranja.

Em Amambai, além da importância da tradição cultural que passa de geração para geração, que é reunir as famílias para colher guavira, a fruta também é sinônimo de fonte de renda para as comunidades indígenas.

Todos os anos, no decorrer do mês de novembro, é comum se deparar com indígenas de ambos os sexos e idades oferecendo a fruta às margens das rodovias que cortam as reservas indígenas, sobretudo a Aldeia Limão Verde, em Amambai.

A guavira, que é colhida de graça no campo, é vendida em média por R$ 5,00 a porção.

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