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Desempenho do ovo em setembro e nos primeiros nove meses de 2016

2016-10-03 14:01:00

Terá sido, já, efeito da Primavera, com seus dias crescentes, maior luminosidade e, por decorrência, incentivo natural a uma postura crescente? Difícil dizer. Mas o fato é que em setembro ocorreu não só novo retrocesso de preços do ovo (o segundo consecutivo), como também o desempenho do mercado foi muito mais instável que no mês anterior. Pior é que o recuo de preço mensal superou os 13% (em agosto, queda de 3,28% sobre julho). E como acumulou queda superior a 16% em apenas um bimestre, o ovo acabou registrando o pior resultado dos últimos quatro meses.

Aliás, neste ano, aquém do preço médio de setembro só os de janeiro e maio. Ainda assim, apenas nominalmente. Porque, levando em conta a inflação e, sobretudo, a evolução dos custos, o valor real registrado em setembro parece ter sido o pior do ano – sobretudo se levado em conta que ficou não mais que 10% acima da média registrada em dezembro de 2015, quando os custos, embora já em elevação, ainda mantinham certa normalidade.

Notar, de toda forma, que o ocorrido em setembro esteve muito aquém do desejável apenas em função do momento econômico enfrentado pelo produtor e, também, porque o consumo vem apresentando forte recessão. Pois, em termos de comportamento sazonal, o ocorrido no mês não chega a representar novidade – somente as perdas foram mais graves.

Como ocorreu efetivamente neste ano, a curva média de preços dos últimos 15 anos (2001/2015) mostra que após atingir pico de preços no mês de julho, o ovo sofre retrocesso nos dois meses seguintes, fechando setembro com uma redução de pouco mais de 10% em relação a julho.

Uma vez que, em 2016, a redução ocorrida no último bimestre superou ligeiramente os 16%, a perda adicional em relação aos preços da curva sazonal não vai muito além de cinco pontos percentuais – uma perda moderada frente às circunstâncias aí presentes.

E já que se fez menção ao comportamento sazonal de preços dos ovos, é bom lembrar que a curva relativa aos últimos 15 anos aponta que, após as reduções de agosto e setembro, o ovo tende a uma estabilização nos meses de outubro e novembro a uma recomposição de preços em dezembro. Ou seja: à primeira vista, a temporada de baixas ficou para trás.

O que não impede que se alerte para a necessidade de acompanhar passo a passo a evolução do mercado. Se as condições de produção fossem outras, não seria difícil manter a produção para atender um consumidor em dificuldades. Mas a situação atual não permite vacilos. Assim, não havendo correspondência por parte do consumo, o ideal é descartar as poedeiras menos produtivas.

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