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sábado, 20 de abril de 2024

Preço incentiva produtor a expandir cultivo de milho

2007-10-21 11:04:00

A área cultivada com grãos no Brasil pode chegar a 47,7 milhões de hectares. A estimativa é da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em seu primeiro levantamento de intenção de plantio da safra 2007/08, com previsão de colheita para fevereiro. A pesquisa, realizada junto ao setor produtivo, avalia uma produção entre 134,9 e 138,3 milhões de toneladas. Em relação à safra 2006/07 (131,5 milhões t), o aumento pode variar de 2,6% e 5,2%.

A expectativa se baseia nos bons preços de mercado. "Essa confirmação dependerá, também, das variações climáticas para o período", comenta o diretor de Logística e Gestão Empresarial da estatal, Sílvio Porto.

A área destinada ao milho oscilará entre 9,7 e 9,9 milhões de hectares. Segundo o gerente de Levantamento e Avaliação de Safras da Conab, Eledon Oliveira, "quando comparamos com a área cultivada na safra passada, verifica-se incremento de 2,3% (215 mil hectares) no limite inferior e de 4,5% (423 mil hectares) no limite superior. Isso se deve aos elevados preços do milho. Comparada à safra anterior a Região Centro-Oeste terá aumento de área entre 6,8% (57,4 mil hectares) e 10,3% (87,1 mil hectares); a Sudeste entre 2,3% (48,2 mil hectares) e 4,9% (103,4 mil hectares); a Região Sul vai crescer entre 3,2% (109,4 mil hectares) e 6,8% (232,6 mil hectares)", informa o gerente. Oliveira disse também que o calendário da região Norte-Nordeste não coincide com o da região Centro-Sul, por isso foram conservadas as mesmas áreas cultivadas na safra passada".

Os estudos de campo, realizados pelos técnicos da Conab, avaliam uma produção entre 37 e 38 milhões de toneladas de milho. Comparada à safra passada, verifica-se aumento de 1,7% (616 mil toneladas) no limite inferior e 4,6% (1,7 milhão de toneladas) no limite superior. Como o plantio do milho (2ª safra) ocorre após a colheita da soja, os técnicos mantiveram os números da safra anterior, quando foram cultivados 4,6 milhões de hectares e colhidos 14,8 milhões de toneladas.

A área total cultivada com milho (1ª e 2ª safras) ficará entre 14,2 e 14,4 milhões de hectares. Quando comparada à última safra, verifica-se incremento de 1,5% (215 mil hectares) no limite inferior e 3% (423 mil hectares) no superior. A produção ficará entre 51,8 e 52,8 milhões de toneladas. Comparando-se à safra anterior, observa-se aumento de 1,2% (616,3 mil toneladas) no limite inferior e 3,2% (1,7 milhão de toneladas) no limite superior.

O coordenador-geral de Cereais e Culturas Anuais da Secretaria de Política Agrícola do Mapa, Sílvio Farnese, assegura que o apoio à comercialização da safra 2006/07, com os mecanismos de garantia de preços mínimos, foi importante na formação de renda do produtor. Farnese explica que a intervenção governamental (via leilões), para conter a queda de preços, retirou 5,1 milhões de toneladas dos principais estados produtores, sobretudo do Centro-Oeste, deslocando esse cereal para regiões menos abastecidas, principalmente o Norte e Nordeste.

De abril até agora, foram movimentados R$ 280 milhões do orçamento das operações oficiais de crédito. Em função disso, o mercado de milho ficou mais equilibrado, para alívio dos produtores, e fortalecido pela demanda da Europa, que remunerou o produto brasileiro com ágio de até US$ 100 por tonelada sobre o preço internacional.

"Paralelamente aos leilões, o ritmo das exportações aumentou significativamente e fortaleceu o movimento crescente dos preços do milho", esclarece o técnico da gerência de Oleaginosas e Produtos Pecuários da Conab, Marco Antônio de Carvalho. O coordenador-geral de Cereais do Mapa Silvio Farnese informa que "o volume de exportação este ano será um recorde histórico podendo superar 10 milhões de toneladas, quase 20% da produção nacional."

A melhoria na expectativa do consumo doméstico das carnes de suínos e aves, com a proximidade das festas de final de ano, e o aumento significativo nas exportações, vão influenciar favoravelmente na formação de preço. Outros fatores relacionados à demanda mundial estão envolvidos, como o crescimento do consumo do grão na China, Índia e Europa e o processamento de álcool de milho nos Estados Unidos. Os preços futuros do milho, cotados na Bolsa de Chicago, apresentam tendências de alta e serão a tônica do mercado.

A tendência para o mercado de milho é de que a produção acompanhe o ritmo da demanda interna nos próximos anos, puxados, principalmente, pelo crescimento no consumo de proteínas animal e vegetal em razão da melhoria na renda dos brasileiros.

É importante que os produtores nacionais estejam atentos à intenção do plantio de milho, no próximo ano, nos Estados Unidos. Caso o governo norte-americano não ofereça um reforço, via subvenção, isso pode reduzir a área plantada, pois há grande diferença de preço em favor da soja. A confirmação dessa medida favorecerá a intenção do plantio da safrinha (1ª safra) no Brasil. O técnico acredita que os produtores também investirão em tecnologia para aumentar a produtividade média do milho brasileiro.

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