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sexta-feira, 29 de março de 2024

Monitorada a produção orgânica do Estado

2007-01-14 15:35:00

Este ano será o terceiro ano em que a SFA/MS (Superintendência Federal de Agricultura do Mato Grosso do Sul) estará monitorando a produção de orgânicos do Estado. O desafio é criar uma nova cultura entre os produtores que ainda não adotaram o modelo e ganhar o respaldo político para fomentar ainda mais a produção de orgânicos.
Segundo dados do Setor de política Agrícola e Desenvolvimento Agropecuário da SFA/MS, atualmente o Estado possui 200 produtores orgânicos e o carro chefe da produção é o café orgânico produzido na região de Dourados.
“O café de Gloria de Dourados é o carro chefe da produção do Estado, mas também temos a soja, o milho de pipoca e temos também três fazendas no pantanal que já estão produzindo o boi orgânico”, destaca um dos membros da equipe técnica do departamento, Augusto César Pessoa de Faria.
Segundo Faria, desde que foi criado, o departamento vem trabalhando no sentido de orientar e fomentar a produção orgânica, além de apresentar projetos orgânicos como alternativas econômicas para os produtores, como ocorreu na região atingida pela aftosa no sul do Estado em 2005.
“No ano passado, nos cinco municípios afetados pela aftosa, atuamos com projetos financiados pelo governo federal, e procuramos desenvolver um trabalho, ou seja, de diversificar a economia, para que os produtores possam ter alternativas além da pecuária de corte e de leite”, explica.
Outra ação desenvolvida é a realização de cursos e a semana dos orgânicos, que procura reunir os produtores e estimular o consumo e a produção no setor.
“Realizamos já por dois anos consecutivos a semana dos orgânicos, e em 2006 realizamos mais de 180 palestras em escolas da rede estadual e municipal, onde atingimos mais 3 mil alunos durante a semana dos orgânicos do ano passado”, destaca.
Um dos pontos quem o técnico destaca, é que a produção de orgânicos e vista simplesmente pela não utilização de agrotóxicos. “A produção é muito mais abrangente e envolve também a forma como são produzidos, se estão sendo obedecidas as boas praticas agropecuárias, o uso de agrotóxicos é um dos fatores, mas não é apenas isso”, destaca.
Farias conta que em 2007 o desafio do setor será ver finalmente, a regulamentação da legislação do setor e definição quanto a certificação de origem dos produtos orgânicos. “
“Esperamos que a legislação especifica saia do papel, mas existe uma pressão muito grande a nível de certificação, já que é uma exigência tanto para o exportador quanto para o mercado interno. Hoje, para exportar par ao Japão, existe uma certificadora específica, e o produtor tem que pagar para ela, mas para certificar, o produto também precisa ter o selo nacional, o que dificulta para o produtor e inviabiliza o setor”, alerta.
A expectativa é que neste ano o assunto seja definido pelo governo federal, aposta Farias. “A alternativa brasileira é certificação participativa, feira pelos próprios produtores”, e acrescenta, “estivemos em Brasília e esta deve ser a pauta do ministério neste ano”, conclui.

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