2007-10-01 13:08:00
O analista ambiental do Ibama, Lincohn Fernandes disse, durante a audiência pública sobre os impactos soci-ambientais da cana de açúcar, que desafio da cultura da cana-de-açúcar é o desenvolvimento com sustentabilidade, diante ao quadro de impactos ambientais e sociais que se vislumbram até 2012, quando das o número de usinasd produtores a açúcar e álcool pulará de 11 instaladas para algo próximo a 73, se contar que há 26 em instalação, 27 em negociação, e as demais com intenções declaradas de grupos de usineiros.
Os impactos ambientais começam na plantação, com desmatamento, destruição de reservas legais e áreas de proteção ambiental, queimadas, emissão de gás (CO 2), fuligem, perda da biodiversidade biológica e genética, além da perda de habitat para a fauna.
Na usina, os impactos poderão ser provocados por emissão de poluentes, fortes odores, geração de sub-produtos e efluentes líquidos. “O único mecanismo capaz de fazer frente a tudo isto, é o licenciamento ambiental, cujas regras exigentes, ajudam a minimizar os impactos devastadores provocados pelo homem à natureza”, declarou.
O químico industrial, Plínio Sá Moreira, disse que o princípio poluidor pagador deve ser aplicado sempre e que não se sabe o que fazer com o vinhoto, que é produzido em 12 litros para cada litro de álcool industrializado. “E não se sabe o que fazer com este materail”, afirmou. Ele disse que “se for devolvido para a aterra, tem sais minerais, mas tem também elementos poluidores e contaminadores de lençol freático e é um perigo para os mananciais, pois a simples queda em um rio, pode devastar todas as espécies de peixes, em um sério acidente ecológico”, pontuou.
