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quinta-feira, 28 de março de 2024

Soja perde espaço para outras culturas em MS

2007-01-10 10:05:00

Menor área plantada com aumento da produção agrícola. Esta é a perspectiva constatada pelo IBGE para a produção rural em Mato Grosso do Sul em sem prognóstico para a safra 2006/2007, divulgado nesta terça-feira (9 de janeiro). Conforme o estudo, a soja continuará a ser a cultura predominante no Estado na atual safra, porém, a área ocupada pela cultura sofreu um retrocesso de aproximadamente 10%. Ao mesmo tempo, culturas como o algodão herbáceo, feijão e sorgo devem registrar um salto na área cultivada – de 50%, 129% e 245%, respectivamente. Ao todo, a área plantada no Estado deve ser de 2.154.631 hectares (contra 2.274.562 hectares na safra anterior, um recuo de 5,27%).

No caso da soja, que enfrentou quedas seguidas em seu valor de mercado nas últimas safras, a área plantada teve uma redução de 177.688 hectares (9,31%), caindo de 1.907.688 hectares na safra 2005/2006 para 1,73 milhão de hectares. Ao mesmo tempo, a expectativa é de uma produção 8,29% superior: de 4.153.492 toneladas na safra anterior, espera-se agora colher 4.498 milhão de toneladas.

Essa redução significa, ainda, a expectativa de um aumento na produtividade por hectare. O rendimento médio esperado na atual safra de soja será de 2,6 mil kg por hectare – 19,16% a mais do que o registrado na colheita anterior, de 2.182 kg/ha.

No caso de outras culturas, existem avanços significativos. O feijão primeira safra, por exemplo, deve ocupar área 129,66% superior na atual safra (4,6 mil hectares, contra 2.003 ha. na safra anterior). Esse aumento deve representar, ainda, um crescimento de 183,55% na produção, que passará de 2.109 toneladas para 5.980 toneladas – representando, assim, um rendimento médio de 1,3 mil kg por hectare.

O sorgo, que na safra passada ocupou modestos 700 hectares em todo o Estado, pode chegar agora a 2.420 hectares. O incremento na produção pode chegar a 5,7 mil toneladas: enquanto na safra anterior o Estado colheu 1.016 toneladas do produto, a produção da safra 2006/2007 poderá atingir a casa das 6,7 mil toneladas (variação de 565,55%).

Outra cultura que terá avanço na próxima safra é a de algodão herbáceo, cultura de certa tradição no Estado. A área cultivada deve passar dos 29,4 mil hectares na safra passada para 44,5 mil hectares na produção atual. O aumento na área plantada representará também crescimento na produção, que poderá ser superior a 65%. Enquanto a produção de algodão herbáceo na safra 2006/2007 foi de 94.116 toneladas, na atual poderá atingir o total de 155.750 toneladas.

Na contramão, o milho primeira safra terá redução na área ocupada, com sensível aumento no total colhido. A área cultivada deve ser de 100 mil hectares, 3,8 mil a menos do que na safra anterior; e a produção deverá chegar às 550 mil toneladas (1.108 toneladas a menos do que na safra 2005/2006). O rendimento médio esperado é de 5,5 mil kg/ha.

Também são aguardadas redução nas áreas plantadas de arroz (42 mil hectares, produção de 206 mil toneladas), café em grão (2.037 hectares, 2.785 toneladas) e mandioca (29 mil hectares, produção de 507,5 mil toneladas). O tomate chegou a 74 hectares cultivados, contra 71 na safra anterior. A produção do fruto no Estado deve totalizar 3,7 mil toneladas (contra 3,6 mil na safra anterior).

Era da cana – Embora a área cultivada com cana-de-açúcar tenha registrado o significativo avanço de 28,34% entre as safras atual e passada – passando de 155,8 mil hectares para 200 mil hectares, conforme previsão do IBGE – é no resultado da colheita que aparece a maior evolução da cultura em Mato Grosso do Sul. Enquanto na safra 2005/2006 o Estado colheu 12,4 milhões de toneladas, a perspectiva da atual safra é de que sejam colhidos 16 milhões de toneladas.

O aumento de 28,27% é impulsionado pela expansão do setor sucroalcooleiro de Mato Grosso do Sul, a partir da construção e entrada em funcionamento de cerca de 30 novas indústrias de beneficiamento de cana, para produção de açúcar e álcool. Apesar do impacto, em um primeiro momento é esperada sensível redução na produtividade, com rendimento médio previsto de 80 mil kg/ha (contra 80.041 kg/ha na safra anterior).

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