2015-01-20 13:28:00
Corumbá, localizado no Pantanal de Mato Grosso do Sul, lidera o ranking nacional de incêndios em 2015, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Dados do Monitoramento de Queimadas e Incêndios do órgão apontam que o município registrou 54 focos do dia 1º de janeiro até esta terça-feira (20).
Segundo o Inpe, Nova Maringá (MT) aparece em segundo lugar na lista com 50 focos de incêndio no período. Boa Vista (RR) é o terceiro colocado com 43 focos. Na sequência, aparecem Monte Alegre (PA), com 39 focos; Sapezal (PT), com 38 focos; Rorainópolis (RR), com 35; Prainha (PA) e Almeirim (PA), com 32 focos cada; Normandia (RR), com 31; e Porto de Moz (PA), com 29.
Nas últimas 48 horas, de acordo com o instituto, Campos dos Goytacazes (RJ) e Mucugê (BA) registraram sete focos de incêndio cada e lideram o ranking nacional nesse quesito. Montividiu (GO) e Nova Ubiratã (MT) tiveram, nesse período, quatro focos cada. Outros seis municípios registraram três focos: Agudos (SP), Lassance (MG), Miracatu (SP), Marcelândia (MT), Orizona (GO) e Aporá (BA).
Pantanal
Incêndios na região pantaneira são comuns na época de seca, no segundo semestre do ano, mas não durante o verão. Em Corumbá, a Polícia Militar Ambiental (PMA) acompanha os focos de incêndio.
A maioria das áreas afetadas é de difícil acesso. Um dos focos foi a oito quilômetros da margem do rio Paraguai. Por isso, de acordo com a PMA, muitas vezes é preciso apoio de aeronave para chegar ao local.
Para quem navega pelo rio, a visibilidade fica comprometida. A fumaça é semelhante a uma névoa seca e, à noite, a situação piora. “Não enxerga nada porque a fumaça atrapalha tudo. À noite, sem fumaça é difícil, imagina com a fumaça”, afirmou o marítimo Evaldo Pinheiro.
A brigada de incêndio está desativada nesta época do ano e só será chamada em casos extremos. Por isso, a população torce para que a chuva volte logo e ajude a combater o fogo.
