2007-08-12 18:31:37
A usina que a Agro-Energética Monteverde vai instalar em Ponta Porã será uma das mais modernas do mundo. A indústria vai utilizar uma nova tecnologia que consiste na substituição das moendas tradicionais pelo sistema conhecido por difusor.
A nova tecnologia tem uma manutenção simplificada e ainda proporciona mais economia no beneficiamento da cana. No Brasil, esta tecnologia será desenvolvida pela Dedini Industrias de Base. A patente é da Bosch Projects, da África do Sul.
O difusor é feito por lâminas de aço inox perfuradas em forma de caixas modulares, com capacidade de 8 mil toneladas de cana por dia, 60 metros de comprimento e funcionam por sistema hidráulico, sem correntes. A cana é preparada da mesma forma que se prepara para as moendas, mas ela não é moída, e sim, levada constantemente até que todo o açúcar seja retirado. “Por causa dessa simplicidade e da solução que ele apresenta, o difusor tende a ser um grande negócio”, explica Marcelo Freire, representante da Bosch Projects.
Esta tecnologia está sendo considerada “o ovo de Colombo” pelos empresários do setor sucroalcooleiro, pela simplicidade de permitir a instalação de usinas de açúcar mesmo em locais até então considerados impróprias a elas. Toda a tecnologia, além de proporcionar economia, é desenvolvida de maneira que atende todas as normas de respeito ao meio ambiente.
O novo sistema facilita a instalação da usina em Ponta Porã, região tradicionalmente conhecida pela produção de soja e que fica distante da cadeia produtiva do setor sucroalcooleiro, o que dificulta a manutenção dos equipamentos, e considerado inadequado para a cana por causa dos longos períodos de geada que costumam atingir a lavoura local.
O técnico da Agro-Energética Monteverde, Ricardo Pinto, informou que o projeto é audacioso e hoje a região de Ponta Porã vive uma bolha de implantação de novas usinas, devido ao solo fértil e à redução das geadas. A região que sempre teve vocação para grãos está, agora, se abrindo para os canaviais.
