2014-07-25 20:32:00
Foi ontem (24) a coletiva de imprensa cedida pela empresa CCRMS Via, que teve como objetivo esclarecer algumas questões referentes à duplicação dos 806 quilômetros da BR – 163, abrangendo 19 municípios de Mato Grosso do Sul.
Conforme explicou o diretor de engenharia da CCR, Dercio de Rezende Souza, a empresa possui cerca de nove concessões de rodovias em andamento em todo Brasil, e a da BR-163 de Mato Grosso do Sul é a maior delas. O objetivo é restaurar o trecho da rodovia sul-mato-grossense nos moldes das rodovias de São Paulo e Paraná.
Dercio explicou que através de estudos sobre a realidade do transporte intermunicipal e os dados detectados foram preocupantes. Conforme Dercio, cerca de 1.700 acidentes são registrados nas roram registradas 85 mortes. “O objetivo é oferecer conforto, segurança e orientação ao usuário”.
O prazo da concessão da BR-163 é de 30 anos, e, será cobrada, inicialmente, apenas a tarifa de pedágio para veículos leves, veículo de passeio, no valor de R$ 4,38. A cada 100 quilômetros haverá um posto pedágio, e a cobrança começa a partir de 2015.
A duplicação, que abrange os 19 municípios, irá contemplar mais de um milhão de habitantes. A assinatura do contrato foi realizada em março, e a concessão teve início em abril, mesmo período em que os trabalhos de recuperação da rodovia começaram a ser realizados.
Os mais de 800 quilômetros duplicados contarão com aparelhos de monitoramento, sendo 505 câmeras, que serão instaladas em abril de 2016, estações móveis, painéis de mensagens variáveis, fixos e móveis, radares fixos, sensoriamento e tráfego, dentre outros.
A concessão deverá também investir em novo asfalto para toda rodovia. Do grupo de construtoras que venceu a licitação, todas deverão possuir uma usina de asfalto. Somente a CCR irá arcar com cerca de 2 milhões de toneladas de asfalto.
Na duplicação, 153 pontes e viadutos serão construídos, hoje já existem 48. O canteiro que divide as quatro pistas terá nove metros de largura e onde não é possível fazer o canteiro, as pistas serão divididas por uma barreira de concreto com 2,5 metros de largura.
A concessão irá gerar nos primeiros cinco anos, quatro mil empregos dos quais mil serão destinados aos funcionários da operação e do setor administrativo. Outros quatro mil empregos serão gerados pelas construtoras. Em impostos e tributos, durante os 30 anos serão arrecadados R$ 5 bilhões dos quais R$ 4 bilhões serão revertidos para Estado e União, e o restante é referente ao ISSQN (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza), que será destinado às cidades lindeiras.
Conforme o diretor da CCR MSVia, a maior parte do investimento de $5 bilhões será feita ao longo dos cinco primeiros anos, que corresponde a R$ 3,4 milhões. Do 5º ao 7º parte do dinheiro será investida no término do contorno das cidades adjacentes à rodovia. Caarapó será feito 10 km de contorno; em Mundo Novo – 4,4 km; em Eldorado – 2,5 km; no distrito de Vila Varga – 2,5 km.
Investimentos em saúde
Em outubro deste ano, as rodovias já estarão operando com médicos e postos que farão a fiscalização do tráfego. O SAU (Serviço de Atendimento ao Usuário), contará com 500 colaboradores, sendo 251 profissionais da saúde, 35 médicos disponíveis para plantões 24 horas, 17 ambulâncias de resgate, sendo cinco delas UTIs(Unidade de Tratamento Intensivo), 25 guinchos, 19 inspeções de tráfego e 11 caminhões de serviço.
Calendário de duplicação:
1º ano – 60 km
2º ano (até outubro) – 20,6 km
De outubro do 2º ano até início do 3º ano – 48 km
Do início do 3º ano até início do 4º ano – 193,5 km
Ao longo do 4º ano – 274,1 km
Ao longo do 5º ano – 209,7
Postos de Pedágio
Mundo Novo – Km 28
Itaquiraí – Km 113
Caarapó – Km 227,7
Rio Brilhante – Km 313,5
Campo Grande -Km 432,2
Jaraguari – Km 535,4
São Gabriel do Oeste – Km 605
Rio Verde de Mato – Km 705
Pedro Gomes – 819,8