2007-08-07 00:35:37
Na noite de sábado (04) foi instalada oficialmente em Eldorado uma filial da Associação Nacional dos Produtores de Bovino de Corte (ANBPC), cuja entidade foi criada em Londrina e que já conta com filiais em Cascavel e Guarapuava (PR), Presidente Prudente (SP), Cuiabá (MT) e Goiânia (GO).
Criada após o surto de aftosa que surgiu em Mato Grosso do Sul e Paraná, a entidade foi fundada para defender os interesses dos produtores de gado de corte, que se sentiram prejudicados pelas decisões das autoridades sanitárias do governo Federal. A entidade foi a grande responsável pela liberação rápida do Paraná e evitou maiores prejuízos aos produtores da região Norte do Paraná e principalmente, provou tecnicamente que nunca houve aftosa no Paraná.
Em Eldorado a ANBPC foi criada por iniciativa da prefeita Mara Caseiro e pelo pecuarista Tito Turquino, que perceberam que os produtores do Cone Sul não estão sendo representados e estão desprotegidos e sendo obrigados, segundo Tito, “a engolir goela abaixo tudo o que nos impõem os técnicos do governo, somos tratados com desprezo, invadem nossas propriedades, abatem nosso gado só por suspeita de aftosa, ficamos no prejuízo e não tem quem nos defenda, agora vai ser diferente, a ANBPC é uma entidade forte e vai defender os nossos interesses, de todos, dos pequenos, médios e grandes produtores do Cone Sul, não é uma entidade dos grandes fazendeiros não, ela é de todos, até dos pequenos sitiantes e assentados”, disse Tito.
A instalação do escritório de Eldorado contou com a presença de toda a diretoria da ANBPC, formada por André Carioba (presidente), Alexandre Turquino (tesoureiro), Raimundo Tostes (veterinário patologista), Bruno Lyen (conselheiro), Cleyton di Paula (veterinário conselheiro) e Ricardo Jorge (advogado).
TITO PRESIDENTE- Por unanimidade o pecuarista Tito Turquino foi aclamado presidente da regional da ANBPC, que só no sábado recebeu a filiação de mais de 50 produtores. Prestigiaram o ato produtores de Eldorado, Mundo Novo, Japorã e Iguatemi.
LIBERAÇÃO DA ÁREA- Segundo a diretoria, a promessa do governo do Estado é liberar a região para movimentação pecuária em setembro, mas se isso não acontecer, segundo Dr. Ricardo Jorge “vamos agir com rigor, vamos enfrentar juridicamente e impedir novos prejuízos para os produtores, vamos fazer como fizemos no Paraná, onde não aceitamos imposição e a liberação foi rápida e o Mato Grosso do Sul está sofrendo há 22 meses e não vamos permitir que os produtores sejam ainda mais prejudicados”, afirmou.