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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Laticínio é acusado de explorar produtores

2006-12-31 07:51:00

Os produtores de leite de Eldorado, município localizado na área de risco sanitário (impactada pelo surgimento de focos de febre aftosa em outubro de 2005), denunciam a exploração da situação adversa por um laticínio, para ter maior lucratividade. Eles se consideram reféns de pagamentos abaixo de valores de mercado pela indústria que está monopolizando a comercialização na região.
De acordo com uma portaria da Agência de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), a carne, leite e derivados produzidos na área de risco não podem ser comercializados fora dos limites municipais (a mesma regra vale para Mundo Novo e Japorã, de onde o produto só pode sair pasteurizado ou já industrializado em forma de queijo, iogurte ou outros produtos).
Seguindo o produtor Rogério Santos, "o Laticínio Campeão, de Mundo Novo, está se aproveitando da situação, e está impondo o preço de R$ 0,28 por litro". Os produtores de leite de Eldorado reclamam que o preço é quase idêntico ao custo de produção e que estão entregando o leite por um preço defasado em 41,6%, pois em Itaquiraí o Laticínio Du Pimo está pagando R$ 0,42 e o Laticínio Icaraíma, no Paraná, quer pagar R$ 0,40.
Após conversar com os produtores do assentamento Floresta Branca, o secretário municipal de Agricultura, Antônio Costa, fez a exposição da situação para a prefeita Mara Caseiro. De acordo com Antônio Costa, devido à crise da aftosa, a bacia leiteira de Eldorado produz 4,5 mil litros de leite/dia, dos quais três mil litros vêm de 156 produtores do Assentamento Floresta Branca.
Esses querem que o Ministério da Agricultura autorize a Iagro a liberar a venda do leite de Eldorado para qualquer município. A concorrência entre laticínios levaria ao aumento do preço.
Os produtores alegam ainda que uma portaria do Governo do Estado garantiu aos laticínios que, mantendo o preço mínimo pago em R$ 0,36 o litro, existe desconto considerável na cobrança do ICMS e que o Laticínio Campeão está descumprindo essa portaria.
A prefeita Mara Caseiro ainda não sabe como resolver o problema. Disse que pretende se reunir com técnicos do novo Governo e da área econômica, pois a prefeitura precisa incentivar a transformação do leite em produtos que agreguem valor à produção. E vai questionar a cobrança do ICMS ao novo Governo.

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