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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Novas usinas agitam e valorizam o mercado de terras

2007-06-16 13:06:37

A implantação de duas novas usinas (em andamento) e o projeto de expansão de uma outra, com a implantação de mais quatro unidades, além de um interesse de um grupo paulista, deve gerar emprego e renda na região do Cone Sul, já começa a causar movimentação no mercado imobiliário da região, principalmente nos municípios de Eldorado e de Naviraí.

Os proprietários rurais, principalmente os pecuaristas, estão divididos entre os que querem arrendar ou vender parte de suas terras e os que pretendem ingressar na atividade canavieira. De uma forma ou de outra, já sentem o aumento da demanda, mas como a oferta de terras é estática, começa a valorização.

A alta das cotações ainda não é suficiente para recuperar os preços que estavam sendo praticados pelo mercado em setembro de 2005, mês anterior aparição do primeiro foco de febre aftosa (foram 34 na região da área de risco, formada por Japorã, Eldorado e Mundo Novo).

Em Naviraí, segundo o corretor imobiliário, Donizete Nogueira, naquela época, o alqueire (2,42 hectare) era cotado por R$ 25 mil e em três anos teve desvalorização de 28%, com o peço caindo para R$ 18 mil. Agora, gradativamente tem subido para R$ 19 mil a R$ 22 mil (valorização de 5,55% a 22,2%), mas ainda assim a melhor cotação está 12% a baixo de setembro de 2005.

Devido a frustração das colheitas nos três últimos anos, os arrendatários paranaenses deixaram Naviraí, onde pagavam 20 sacas de soja por alqueire/ano e não está havendo negociação, por falta de demanda. A procura tem sido maior pela compra, embora continuem sendo feitas algumas negociações de arrendamento para produtores de cana, que costumeiramente pagam 25 toneladas de cana por alqueire/ano, para contratos que variam entre 10 e 12 anos, nas regiões de Naviraí e Iguatemi, onde estão a Usinav e a Destilaria Centro-Oeste (Dcoil, em implantação).

Em Eldorado, há muita procura para arrendamento e compra, mas falta terra para negociar, afirma o corretor Auro Trento. “Desde que a usina Rio Paraná anunciou que se instalaria aqui no município, é um sofrimento, porque muita gente quer espaço para plantar cana, e quem tem terra, pecuaristas e até produtores de grão, também estão considerando a possibilidade de ingressar neste novo negócio”.

Os contratos de compra e venda, segundo Trento, tem crescido cerca de 30% neste ano, mas os negócios tem sido fechados por valores que ficam na faixa de R$ 15 mil a R$ 25 mil/alqueire, bem distante dos R$ 30 mil/alqueire, valor médio dos negócios em setembro de 2005.

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